«Foi uma grande vitória, aqui está o povo a levantar as bandeiras da vitória popular», foram as primeiras palavras do presidente Hugo Chávez, transmitidas em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país.
Desde o «balcão do povo», do palácio presidencial de Miraflores, Hugo Chávez anunciou que «com esta vitória começa um terceiro ciclo da revolução bolivariana, de 2009 a 2019».
«Estou pronto, abrimos as portas ao futuro, para percorrer o caminho da dignidade e do socialismo. Há que reforçar a marcha do verdadeiro socialismo», sublinhou Chávez, perante milhares de simpatizantes que empunharam bandeiras vermelhas (a cor da revolução).
Hugo Chávez vincou que «a Venezuela deve ser socialista ou não será uma pátria perpétua» e anunciou que «a menos que Deus disponha outra coisa, a menos que o povo disponha outra coisa, este soldado (Chávez) já é pré-candidato à presidência para 2013».
«Que veja o Mundo como brilha a luz do povo de Simón Bolívar. Aqui estou de pé, firme, mande-me o povo que saberei obedecer-lhe, soldado sou e saberei obedecer-lhe», frisou o chefe de Estado.
Aplauso para Fidel
Chávez pediu ainda um forte aplauso para o ex-presidente cubano Fidel Castro e agradeceu ao povo de Cuba: Esta vitória «também é tua Fidel e é de todo o povo cubano e da nossa América».
«Ressuscitámos (com o resultado do referendo) a pátria que estava morta e humilhada (...) Estou a falar da pátria e da necessidade de que a façamos perpétua. A pátria é uma ou não o é. A pátria venezuelana ou é socialista ou nunca será uma pátria perpétua», disse.
Aos seus simpatizantes, Chávez deixou um agradecimento: «hoje vocês escreveram o meu destino político que é igual ao destino da minha vida».
«Quero dizer-lhes que o assumo com plenitude em alma e espírito. Hoje quero jurar de novo ao povo venezuelano que a partir deste instante me consagro integramente ao pleno serviço do povo venezuelano», sublinhou.
Por outro lado, o presidente venezuelano anunciou que o combate à insegurança e à corrupção vai estar entre as prioridades do seu governo.
A maioria dos venezuelanos aprovou a emenda da constituição nacional para permitir ao presidente Hugo Chávez candidatar-se ilimitadamente à presidência da República.
Segundo a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, o «sim» obteve 54,36 por cento dos votos (6.003.544) e o «não» 45,63 por cento dos votos (5.040.082).
Os resultados correspondem ao momento em que estavam apurados 94,2 por cento dos boletins de voto.
Fonte: IOL DiárioEtiquetas: bolivariana, Cartoon, constituição, Fidel Castro, Hugo Chávez, Miraflores, Política, presidente, revolução, Simón Bolívar, Venezuela