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Azores, Açores, viagens, turismo, Deus, Jesus Cristo, Igreja
.O ex-presidente da República Mário Soares disse este sábado em Elvas que «a situação do Iraque criada pelos Estados Unidos, e em parte pela Europa, foi mais do que um erro, foi um crime irreparável», escreve a Lusa.
«Tomei posição contra a guerra do Iraque mesmo antes da cimeira dos Açores», destacou o ex-Chefe de Estado.
Mário Soares proferiu uma conferência intitulada «situação política internacional» no auditório de S. Mateus em Elvas, no âmbito da inauguração da exposição «Sobre o ataque e a defesa» este sábado, no Museu de Arte Contemporânea de Elvas.
«Uma desculpa para atacar o Iraque foi acabar com o terrorismo», observou Soares lembrando que, «pelo contrário, a invasão do Iraque veio reforçar o terrorismo islâmico em vez de o combater».
Esta situação, adiantou, «criou uma crise gravíssima nos Estados Unidos difícil de reparar e teve reflexos muito negativos na União Europeia».
Coligação internacional, «uma vergonha inapagável» Lembrou ainda o momento da decisão da coligação internacional, a que chamou «a tristíssima cimeira dos Açores» que foi «uma vergonha inapagável para todos os que nela participaram», sem referir o nome de Durão Barroso.
«Hoje o mundo e o Ocidente em particular atravessam uma fase de transição e de grande insegurança, daí a imprevisibilidade dos próximos tempos», referiu.
Fazendo uma abordagem económica do panorama mundial, o ex-presidente considerou que «estamos à beira de uma recessão económica internacional que começou na América e que se está a reflectir na União Europeia e no resto do mundo».
Muito crítico em relação a política internacional de Bush, Mário Soares considerou que «a América apostou no unilateralismo mas já reconheceu que não o pode fazer» e que «o Império americano, como tal, está em vias de desaparecer».
Fonte da notícia: Portugal DiárioEtiquetas: Cimeira das Lajes, Dr. Mário Soares, Guerra do Iraque