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Pavilhão do Académico foi pequeno para tantos socialistas. Primeiro-ministro enalteceu medidas e deixou um aviso à navegação: «Não me conformo com um país adiado. Temos urgência de mudança».
José Sócrates acredita e diz que está na «hora da mudança», por isso vai avisando que não é sua intenção recuar, antes avançar. Num comício que serviu para exaltar as suas qualidades, a sua liderança, e as medidas do seu Governo ao longo de três anos, o primeiro-ministro foi reagindo à onda de contestação com convicção e frases fortes, sempre positivas. Nunca falou da oposição, mas lembrou que «alguns dizem que o Governo está a andar depressa demais, fazendo muitas mudanças, reformas e travando muitos combates». No discurso que durou quase meia-hora, perante um pavilhão do Académico do Porto repleto, frisou a nota de mudança, num período de «muitos combates» em pouco tempo, porque Portugal estava «adiado, parado e atrasado» há muito tempo. Teve tempo para elencar as principais medidas do seu executivo, o que não é novidade, uma vez que os discursos nesse sentido foram sendo proferidos ao longo da semana de comemoração dos três anos de poder. Aos críticos, respondeu com acção: «É verdade que este Governo fez muitas mudanças, muitas reformas e muitos combates, mas este país estava há muito tempo parado, adiado e atrasado. É com esse país que estava parado e adiado que eu não me conformo. Temos consciência que não temos tempo a perder. Não podemos deixar aos nossos filhos um país adiado. Este é o tempo da mudança». Confiante na imagem de «modernidade», destacou a concretização de projectos nesse sentido, na tentativa de «recuperar o atraso». «A força da modernidade não é seguramente protagonizada por quem quer que tudo fique na mesma, por quem se opõe a qualquer reforma, ou por quem resiste a qualquer mudança por mínima que seja essa mudança. Esses não aprenderam nada com a História», frisou, com visível entusiasmo. Um pavilhão pequeno «Este comício não é contra ninguém, mas para celebrar três anos de Governo. Este não foi um comício mas dois comícios. Não é o espaço que é pequeno, é o PS que é um grande partido», disse Sócrates, sabendo que entre o Pavilhão do Académico e a Rua Costa Cabral estariam cerca de dez mil pessoas, bem mais do que se estava à espera. Vieram de todo o país, muitos em camionetas alugadas para o efeito. O calor humano era grande, mas também a temperatura no interior do recinto era elevada, obrigando o primeiro-ministro a suar e bufar. Limpou a testa várias vezes, enquanto equipas do INEM iam assistindo algumas pessoas que se sentiam mal. No palanque surgia o mote para a festa: «Três anos de Governo com resultados». No fundo, esse era o motivo para tantos socialistas se encontrarem pela primeira vez após a vitória nas últimas eleições legislativas. Uma oportunidade para Sócrates dizer que «Portugal ficou na história da Europa por ter elaborado o Tratado de Lisboa» e para frisar que «este país» moderno o faz acreditar no futuro. «Sentimos urgência de mudança e não temos tempo a perder», frisou, avisando que as reformas não voltam atrás. A «força do PS» eleva o seu líder, que se apresenta totalmente confiante. «O PS está aqui, com confiança em Portugal. Estamos aqui para servir o país e eu acredito neste pais e nos portugueses», concluiu.Fonte da notícia: Portugal Diário Etiquetas: Comício, Jose Socrates, Partido Socialista, Porto, PS