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Fidel Castro assegurou esta quinta-feira, no primeiro artigo publicado após ter anunciado que renunciava à presidência, que a sua saída do cargo não será uma «mudança de regime», como espera o presidente dos Estados Unidos.
No primeiro artigo publicado nas «Reflexões do companheiro Fidel», rubrica que tinha o nome de «Reflexões do Comandante-Chefe», Castro abordou a reacção do seu «adversário» norte-americano: na terça-feira, Bush disse esperar que esta decisão de Fidel Castro significasse o início de uma «transição democrática» e do «caminho para a liberdade» em Cuba. Para o líder cubano, o que Bush queria realmente dizer era esperar que o país estivesse no «caminho da anexação».
Recorde-se que na terça-feira, uma mensagem publicada por Fidel jornal oficial do Partido Comunista Cubano, o Granma, dava conta que Castro não aceitará o cargo do Presidente do Conselho de Estado, para o que foi eleito desde 1976.
Reagindo às declarações de Bush e de todos os candidatos às presidenciais norte-americanas, Fidel reiterou que os cubanos não regressarão «jamais ao passado», antes do triunfo da Revolução que destronou Fulgêncio Batista, em 1959.
O líder cubano escreveu ainda que contava publicar um reflexão só na próxima semana, mas não podia «guardar silêncio durante tanto tempo» depois de ter ouvido as declarações de George W. Bush e dos candidatos norte-americanos: «É preciso disparar ideologicamente contra eles, de forma rápida», sublinha. No próximo domingo, a nova Assembleia Nacional eleita no final de Janeiro deve escolher o novo Conselho de Estado e o Presidente do país: tudo indica que será o irmão de Fidel, Raul, que já governa o país nos últimos 19 meses, desde que a doença afastou Castro da governação.
Etiquetas: Bush, Cuba, Fidel Castro, hipnotizar, ideais americanos, regime cubano