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Maria de Medeiros foi ontem nomeada Artista da UNESCO para a Paz, tornando-se na primeira portuguesa a assumir este papel. A escolha "foi uma surpresa total" para a actriz, quando lhe foi comunicada, há já alguns meses. Mas recebeu-a "com muita honra e orgulho", e, apesar de ter chegado a questionar-se se estaria "à altura da responsabilidade", Maria de Medeiros diz-se "empenhada em contribuir para a paz" através do seu trabalho artístico.
A nomeação de Maria de Medeiros, diz um comunicado do ministério português dos Negócios Estrangeiros citado pela Lusa, quer tirar partido da "visibilidade, carisma, qualidade artística, polivalência, sensibilidade e empenho nas grandes causas do mundo contemporâneo" demonstrados pela realizador de Os Capitães de Abril. E o director-geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, também segundo a Lusa, disse-se "seguro de que Maria de Medeiros valorizará e dignificará os altos valores" da organização, na "promoção da criatividade, das artes vivas, das indústrias culturais e da educação artística".
O próprio Koichiro Matsuura vai empossar a actriz como embaixadora artística da Paz numa cerimónia que vai realizar-se em Paris, no próximo dia 17 de Março. Nessa cerimónia, Maria de Medeiros fará um concerto com o seu trio, que terá como base o disco que lançou em 2006, A Little More Blue, em qua canta temas de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Ainda que esteja determinada em cumprir o melhor possível o seu novo cargo, Maria de Medeiros espera que ele "não venha interferir muito" com a sua carreira, que ultimamente tem vindo a dividir entre a música e o cinema. Neste domínio, está a ultimar uma segunda estação da série de televisão do canal Arte, intitulada Venus e Apolo. E acabou também recentemente em Paris, onde reside, a rodagem de um filme com Catherine Deneuve e outros intérpretes de primeiro plano, Mes Stars et Moi.
Os próximos projectos da actriz serão trabalhar com o realizador brasileiro Luís Vilaça, no filme O Contador de Histórias, e também numa produção australiana, de que não quer ainda avançar pormenores. E cinema português? "Não tenho recebido propostas. Também sei que as coisas estão um pouco difíceis por aí", responde.
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