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As doenças infecciosas que se têm manifestado nas últimas seis décadas entre os seres humanos têm tido, na sua maioria, origem em animais, sobretudo os selvagens. Cientistas norte-americanos e britânicos estudaram esses surtos, a sua localização original e expansão através das regiões do mundo. E traçaram um mapa da ocupação destas ameaças, a que não estão imunes os países desenvolvidos.
As zoonoses (doenças com origem em animais) têm sido as doenças infecciosas emergentes com maior impacto entre as 335 analisadas por um grupo de cientistas e que terão surgido entre 1940 e 2004. Entre elas contam-se o HIV- sida e a SARS (síndroma respiratória aguda), bem como a febre de Ébola. Elas são o exemplo da origem maioritária das doenças emergentes infecciosas os animais selvagens, sobretudo mamíferos.
Os investigadores do Earth Intitute da Universidade de Columbia e da Zoological Society de Londres chamam a atenção para o que observaram o mapa que sinaliza as doenças infecciosas ganha tonalidades mais carregadas em zonas da África sub-sariana, da Índia e da China, numa cintura muito próxima das zonas equatoriais. É aí que ainda restam algumas bolsas naturais, com grande biodiversidade. No entanto, cada vez mais essas zonas estão rodeadas por populações. Os contactos crescentes favorecerão contágios por via acidental, resultantes da caça. A criação de gado nestas condições é outro factor a favorecer o espalhar destas doenças transmissíveis dos animais para o homem.
Os países europeus e das Américas do Norte e do Sul não estão imunes ao espalhar destas doenças. A sida é exemplo disso. Tal como a tuberculose. Mas a condição das nações desenvolvidas também lhes acarreta "desvantagens". Agentes patogénicos que antes podiam ser controlados estão a criar variantes resistentes aos medicamentos. A tuberculose é um desses exemplos.
Ao longo de décadas muitas doenças foram combatidas com antibióticos, mas estes estão a mostrar-se ineficazes face a esses velhos inimigos. Por outro lado, emergem problemas com variantes muito mortíferas da bactéria e. coli. Esta, tal como aconteceu recentemente nos EUA, pode disseminar-se, com grande rapidez e alcance, a partir de unidades de tratamento e embalagens de produtos alimentares, como vegetais crus.
Na interpretação dos autores do estudo, publicado na "Nature", os meios de combate à expansão das doenças contagiosas estão incorrectamente localizados, pouco contemplando os países em desenvolvimento.
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