O primeiro-ministro, José Sócrates, abriu hoje a II Cimeira entre União Europeia e África, pedindo a todos os líderes "diálogo político frontal" e sublinhando que os direitos humanos são "património universal" e não apenas de um continente.
Na sua intervenção, o presidente em exercício da UE referiu-se especificamente ao drama humanitário no Darfur, à "grave situação" do Zimbabué e reiterou que a questão dos direitos humanos "será tema central" da II Cimeira entre União Europeia e África.
Numa resposta indirecta às corrente que entendem que os valores do Estado de Direito são princípios apenas aplicáveis no mundo ocidental, Sócrates frisou perante os líderes políticos africanos e europeus que "os direitos humanos não são património de nenhum continente".
"Os direitos humanos são um património universal, que nos compete preservar e defender. Por isso, os direitos humanos estarão no centro da nossa agenda", frisou o primeiro-ministro português.
Após a sua mensagem de boas vindas, o presidente em exercício da UE declarou que esta cimeira com África se faz "a pensar nas gerações futuras" dos dois continentes".
"Foi a partir de Lisboa que a Europa se deu a conhecer a África. É aqui hoje, de novo, em Lisboa, que nos reencontramos", disse, antes de se manifestar orgulhoso por Portugal "voltar a servir de ponte" entre os dois continentes.
Nas suas mensagens iniciais, Sócrates também fez questão de sublinhar que a relação política entre países africanos e da União Europeia é uma relação "de iguais".
"Não há culturas menores ou civilizações superiores. Mas também somos iguais na responsabilidade política", advertiu o presidente em exercício da UE.
Fonte da notícia: Notícias SAPO
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