Jose Saramago died today
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O prémio Nobel da Literatura, José Saramago, faleceu aos 87 anos. O escritor, laureado com o Nobel em 1998, sofria de graves problemas respiratórios. ‘Caim' foi o último livro de Saramago a ser lançado.
Aos 87 anos, José Saramago faleceu vítima de cancro na sua casa em Lanzarote. O site da Fundação José Saramago deu lugar a uma única página, com a mensagem:
"Hoje, sexta-feira, 18 de Junho, José Saramago faleceu às 12.30 horas na sua residência de Lanzarote, aos 87 anos de idade, em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila."
Biografia
José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18.
Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não tinha três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal.
Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas. No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista.
Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".
Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vivia exclusivamente do seu trabalho literário.
Fonte: SAPO
Jornais de todo o mundo assinalam a morte de Saramago
worldwide media coverage on Jose Saramago's death
Jornais de todo o mundo noticiam este sábado, na maioria com bastante destaque, a notícia da morte de José Saramago. Desde a Índia, passando pela Arábia Saudita ou Liechtenstein fazem-se menções à vida, obra e morte do prémio Nobel português.
Esta sexta-feira, a morte de José Saramago foi noticiadana imprensa internacional online
Nos Estados Unidos, o Washington Post publica a notícia do óbito num quarto de página, com fotografia e as recordações de um romancista que desenvolveu a sua escrita aos 50 anos em livros que misturam «História, factos e ficção». Também jornais publicados em língua espanhola, como La Opinion ou o El Diario, não esqueceram o assunto.
No Canadá, o National Post titula num dos seus suplementos «Anti-Herói» e também há informações no The Gazette, no The Globe, Metro e Ottawa Citizen.
A edição International do Herald Tribune tem uma chamada de primeira página e desenvolve o texto, na secção de notícias do Mundo.
No Reino Unido, a morte é noticiada numa coluna do Irish Times e tem quase página inteira no The Guardian e é mencionado no National News e no The Independent.
Em França, o Le Figaro escreve um artigo intitulado a «morte de um Nobel vermelho», enquanto uma página inteira do Liberation lembra Saramago, com o título «Figura de Estilo».
No norte da Europa, entre os jornais suecos, o Goteborgs-Posten tem uma chamada no topo de uma página, e mais informações podem ser lidas no Svenska Dagbladet e Dagens Nyheter Weekend.
Na Finlândia, as menções ao falecimento de José Saramago surgem em textos do Aamulehti, Kainnun Sanomet e Satakuriqan Kansa, ilustradas com fotos do autor ou de livros. Mais pequenas são as referências encontradas no Lapin Kansa e Pohjolan Sanomat.
Na Dinamarca, a notícia pode ser lida no Jyllands-Posten e na Áustria surge nomeadamente no Der Standard e no Die Presse. No Liechtenstein, o jornal Liechtensteiner Volksblatt decidiu publicar quase meia página sobre o assunto e uma fotografia.
Na Bélgica, o De Morgen menciona a morte, tal como o Belang Van Limburg, enquanto na Holanda, o jornal De Volksrant dá grande destaque a um «poeta, romancista e rígido jornalista».
Em Itália, há menções ao escritor português logo na primeira página do Il Mattino, que desenvolve a notícia na abertura da secção de Cultura, e designadamente no La Stampa, Libero e no Il Giornale. Na Suíça, também o Neue Zurcher Zeitung chamou o assunto para a capa e no Tages Anzeiger é apresentado um extenso texto.
A secção de cultura do jornal checo Lidove noviny apresenta uma notícia breve.
Na Índia, o Economic Times encerra uma página com Saramago, que também é mencionado numa breve do jornal da Arábia Saudita, Arab News, e no turco Zaman, que lhe dedica meia página.
Na Argentina, o La Nacion escreve que o «mundo começo a estranhá-lo», enumerando as várias condolências que surgiram por todo o mundo, enquanto o La Nacion fala no «militante da cultura».
A imprensa alemã dedica vários artigos de fundo à morte de José Saramago, sublinhando o seu talento e a importância da sua obra, e também a sua intervenção cívica em prol das causas que abraçou a vida inteira.
A morte de José Saramago está na primeira página de toda a imprensa espanhola mas o destaque que merece é claramente maior na imprensa mais à esquerda que no caso da imprensa conservadora.
Fonte: IOL
Etiquetas: José Saramago, literatura, Prémio Nobel