Portugal and Spain commemorate silver aniversary in the EU
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"Os velhos roqueiros do europeísmo, como o Mário Soares e eu próprio, neste momento de crise e de aniversário, queremos mais e melhor Europa", disse o ex-primeiro ministro espanhol, que discursava na cerimónia em Madrid dos 25 anos de adesão de Portugal e Espanha à Comunidade Europeia.
"Queremos que seja mais relevante para os cidadãos e para o mundo e isso nenhum de nós o pode fazer por si só. Temos que o fazer juntos como europeus", insistiu.
Considerando que os últimos 25 anos "foram bons para Espanha, para Portugal e para a Europa", González disse que o dinamismo dos dois países permitiu dissipar rapidamente o que, na altura, eram "os temores da ampliação".
O ex-chefe de Governo recordou a eliminação das barreiras fronteiriças, o início do conceito de cidadania europeia e a política de fundos estruturais e de coesão que "definem a solidariedade no processo de construção europeia".
Hoje, 25 anos depois, insistiu que "valeu a pena" e que estes foram "os 25 anos mais positivos da historia contemporânea de Espanha".
"Um quarto de século de desenvolvimento, estabilidade democrática, convivência em liberdade. Hoje como então digo que não só mereceram a pena mas merecem mais vocação europeia e europeístas", disse.
"Hoje em plena crise acreditamos que a solução é Europa. Inclusive mais Europa do que até aqui. Que há que terminar o processo. Temos que olhar para o mundo que mudou e que a crise configurou. A UE tem que reagir, com maior governação económica para estar entre os ganhadores", disse.
Numa intervenção em que apelou ao fortalecimento a UE, Felipe Gonzalez insistiu que se não houver mais união não é possível ter uma Europa "mais relevante para os cidadãos e para a confo0rmação de uma nova ordem mundial".
"Porque cada um dos nossos países, com maior ou menor dimensão, tem pouco que fazer se não somar as sinergias dos 27 países e dos 500 milhões de habitantes", disse.
Defendendo derrotar "utopias regressivas", González insistiu que a aposta deve ser num modelo de "economia social de mercado que seja sustentável do ponto de vista ambiental frente a um capitalismo de casino que levou a esta implosão financeira, a esta recessão mundial e a esta crise".
Presidida por Juan Carlos, o encontro reúne os chefes do Governo dos dois países, José Sócrates e José Luis Rodríguez Zapatero, e os seus antecessores que assinaram a adesão, Mário Soares e Felipe González.
Participaram ainda na cerimónia, na sala de colunas do Palácio Real, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso e o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, entre outras individualidades dos dois países. (Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Fonte: SIC