Tony Blair faria tudo de novo
Criticado por alegada manipulação de informação, Blair tentou justificar a participação britânica na guerra pelo eventual perigo da Al-Qaeda se apoderar de armas de destruição maciça. "Não podíamos correr o mínimo risco", defendeu o ex-governante. Após o 11 de Setembro "disseram-nos que os fanáticos religiosos usariam armas químicas, biológicas ou nucleares se as pudessem obter". Isso, acrescentou, "mudou a nossa avaliação dos riscos".
Perante a comissão independente presidida por John Chilcot, Blair afirmou que voltaria a fazer o mesmo (invasão), mas que não pretendia derrubar o regime de Saddam Hussein. Refira-se que a coligação ocidental nunca pareceu ter uma estratégia para o período pós-Saddam. O ditador iraquiano acabou por ser capturado, julgado e condenado à morte, mas após a invasão o país mergulhou numa fase de insurreição, seguida de conflito civil entre grupos religiosos. A situação só viria a acalmar a partir de 2007, mas mantém-se muito volátil.
"Acreditei sem a mínima dúvida que o Iraque dispunha de armas de destruição maciça", explicou Tony Blair, durante a sessão de ontem perante o comité Chilcot. O ex-primeiro-ministro, que dirigiu o país entre 1997 e 2007, também negou ter feito um acordo secreto com o presidente americano sobre a operação militar. Em 2003, Londres foi um dos raros apoios internacionais da administração de George W. Bush.
"Não teria feito [a guerra] do Iraque se não pensasse que era justa", resumiu Tony Blair. Os seus críticos não ficaram convencidos e continuam a acusá-lo de ter mentido ao Parlamento e escondido informação que contrariava a tese da invasão.
Segundo a acusação, os serviços de informação foram pressionados para justificar o conflito. No total, o Reino Unido já perdeu 179 soldados na guerra do Iraque.
Etiquetas: England, Guerra, Guerra do Iraque, Iraque
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