Saramago says that God is vindictive and a bad person
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Num encontro com a imprensa, o prémio Nobel da Literatura, José Saramago voltou a repetir-. Ainda que negue ser homem de polémicas e apenas exortar as suas “convicções”, lá vai dizendo o de sempre: “O Deus da Bíblia não é de fiar: é vingativo e má pessoa.”
Considerando que “em Espanha, não existiria tamanha polémica” em torno das suas declarações, Saramago confessou-se “surpreso” pela onda de reacções. “’Caim’ é o livro de que mais se tem falado sem que tenha sequer sido lido”, afirmou, ironizando: “É quase magia, um milagre.”
Quanto a comentar a afirmação de Mário David, o eurodeputado social-democrata que apelou a que o Nobel renunciasse à cidadania portuguesa, nem pensar: “Acha que vou fazer algum comentário a isso?”, atirou.
Sem perder o tom irónico e mantendo a polémica, Saramago ainda aproveitou para reforçar as suas convicções de ateu confesso: “Antes da criação do Universo, que se saiba, Deus nada fez. Depois, fez o Universo em seis dias e nota-se, como diz a minha mulher, Pilar. Ao sétimo dia descansou e continua a descansar até hoje.”
‘Caim’ foi lançado em Portugal há 48 horas e, segundo Zeferino Coelho, editor da caminho, “a primeira edição de 50 mil exemplares deve estar quase a esgotar. Já estamos concentrados na segunda”, avançou ao CM. O livro tem já edições no Brasil e Espanha (traduções em castelhano e catalão) e, em breve, em Itália. Saramago encontra-se actualmente a escrever um novo livro que lançará em 2010. sobre o tema...”segredo.”
Fonte: Correio da Manhã
Saramago: «Há aí muitas pessoas que me odeiam»
José Saramago declarou esta quarta-feira, em entrevista à RTP, que «há aí muitas pessoas que, no seu legítimo direito, me odeiam», numa resposta à onda de polémica que levantou com a publicação do seu novo livro «Caim» e com as declarações que «incendiaram» a igreja católica .
O prémio Nobel português tem dado explicações sobre as declarações que efectuou e sobre o conteúdo da sua obra. Esta quarta-feira, na apresentação do livro, em Lisboa, declarou:
«Eu não tenho culpa, eu não matei Abel».
Já está noite, na entrevista Judite de Sousa, considerou que as reacções «exaltadas» à sua obra acontecem porque, segundo diz, «há aí muitas pessoas que, no seu legítimo direito, me odeiam. Não me querem ver morto, mas odeiam-me». Saramago não recusa especificar nomes, mas garante que serão uns «quatro ou cinco» que depois são seguidos.
Ainda na reacção às críticas dos últimos dias, o escritor premiado recusa comentar
as declarações do Eurodeputado do PSD que considerou que Saramago deveria renunciar à cidadania portuguesa. «Sem comentários. Nada me pode obrigar a comentar uma estupidez. Seria tão estúpido como essa estupidez», diz o prémio Nobel.
«Livro de Saramago é uma sátira»
José Saramago rejeita ainda críticas de quem o considera afastado de Portugal: «Peça meças a outras pessoas por amar tanto Portugal como eu». O escritor diz ainda que não se afastou de Portugal, que «tem casa» e que paga pontualmente os impostos.
O prémio Nobel português assume ainda que está disponível para debater o tema com a Igreja Católica ou com «qualquer pessoa, mas com uma condição: «Venham de boa fé. Estou farto de ser criticado por quem não leu os livros. Que falta de seriedade intelectual é esta? Sejamos sérios».
Fonte: IOL
Etiquetas: ateísmo, Bíblia, Deus, fé, José Saramago, polémicas, Prémio Nobel