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A economia esteve no centro das atenções do segundo debate televisivo entre os candidatos à Casa Branca, que decorreu em Nashville, Tennessee, refere a Lusa. Obama e McCain jogaram ambos à defesa esta quarta-feira, mas as primeiras sondagens dão vantagem ao democrata Barack Obama.
Segundo a CNN, 54 por cento dos norte-americanos deram vantagem ao democrata e 30 por cento ao republicano. Já a CBS fala em 39 por cento para Obama, 29 por cento para McCain e 35 por cento consideravam este debate um empate.
«Estamos na pior crise financeira desde a crise de 1929... É o veredicto da política económica falhada destes últimos oito anos apoiada por McCain», começou Obama.
«Os norte-americanos estão em cólera, estão feridos e estão um pouco assustados», considerou McCain, aproveitando para avançar com uma nova proposta: comprar os empréstimos imobiliários que as famílias não conseguem pagar. «É a minha proposta, não a proposta de Obama. Não é a proposta de Bush», insistiu.
Financiamento da proposta por esclarecer
«Vamos ocupar-nos do mercado imobiliário e comprar os créditos duvidosos. Vamos estabilizar o valor das casas para que os norte-americanos possam viver o sonho americano e continuem a viver nas suas casas», acrescentou.
No entanto, McCain não indicou como conta financiar esta proposta, que parece extremamente dispendiosa. O senador do Illinois, Barack Obama, relembrou que o seu adversário já há muito tempo defende a desregulamentação dos mercados financeiros.
Entretanto, McCain acusou o candidato democrata de ser um dos dois que mais doações recebeu por parte de Fannie Mae e Freddie Mac, os dois gigantes do financiamento hipotecário cuja queda acelerou a crise: «Houve quem se manifestasse contra e houve outros que receberam um bónus». Na resposta, Obama relembrou que o director de campanha de McCain, Rick Davis, recebeu «milhares de dólares» de Freddie Mac até há pouco tempo.
Política internacional: o «império do mal» russo
Os dois homens foram questionados sobre se utilizariam para a Rússia as mesmas palavras que o antigo presidente norte-americano Ronald Reagan usou para a URSS, quando a qualificou como o «império do mal».
«Talvez. Se disser sim, isso significará que somos rígidos e reacenderemos a guerra-fria. Se disser não, estamos a ignorar o seu comportamento», respondeu John McCain, recusando responder directamente.
«Penso que agem mal. É preciso compreender que não se trata da velha União Soviética, mas ainda manifestam reflexos nacionalistas que são muito perigosos», referiu Obama.
Candidatos puderam aproximar-se dos indecisos
O candidato democrata defendeu ainda a criação de uma zona de exclusão aérea no Darfur. «Podemos fornecer um apoio logístico e criar uma zona de exclusão aérea sem problemas e é isso que tenho a intenção de fazer enquanto presidente», explicou.
Obama e McCain indicaram ainda que poderão designar o milionário Warren Buffett como secretário do Tesouro.
As questões, seleccionadas por um mediador, foram colocadas directamente por um grupo de 100 a 150 eleitores indecisos sentados no centro do palco, onde foram colocados os dois candidatos. Obama e McCain, com microfones sem fio, puderam deslocar-se livremente para responder directamente aos seus interlocutores.
O terceiro e último debate entre Obama e McCain está previsto para 15 de Outubro, em Hampstead, no Estado de Nova Iorque. As eleições presidenciais estão marcadas para o dia 4 de Novembro.
Fonte da notícia: IOL Diário
Etiquetas: Barack Obama, Debate, EUA, Guerra, John McCain, paz, Política, presidenciais