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Servir-se da visão do computador para fazer o que os sentidos humanos não conseguem para prevenir acidentes rodoviários é o objectivo de uma investigação da Universidade de Coimbra, que confere nova dimensão de segurança à circulação automóvel, escreve a Lusa.
No âmbito da investigação sobre sistemas de transportes inteligentes, foram desenvolvidos algoritmos que permitem a detecção e identificação de objectos através da visão do computador, facultando ao condutor alertas para evitar acidentes.
Numa versão mais automatizada do sistema, o sistema poderá permitir a travagem do veículo e obrigar a certos procedimentos de condução segura.
O sistema inovador, desenvolvido na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), no âmbito da investigação de doutoramento do estudante brasileiro Luciano Oliveira, encontra-se já numa fase de desenvolvimento que em poucos meses poderia, em ligação à indústria automóvel, entrar em fase de testes para a sua utilização em veículos.
Segundo o autor, este trabalho vai mais longe do que os sistemas já utilizados em veículos por marcas como a Volvo, GM e BMW, e, embora sirva para qualquer veículo, focaliza-o para os camiões por questões de competitividade, em virtude de haver apenas duas empresas a nível mundial a apostar nesse segmento.
Por outro lado, o investigador considera que os gastos com os acidentes são elevadíssimos, o que tornaria um sistema destes, a custar uns escassos milhares de euros, um instrumento de apoio à condução de utilização generalizada.
Só nos Estados Unidos, existe uma frota de 8 milhões de veículos de carga e, nos últimos três anos, registaram-se 120 mil acidentes fatais, com um custo médio por acidente de 217 mil dólares.
«Um sistema de prevenção de acidentes é de essencial importância para esse mercado. Nesse mercado há cinco concorrentes, que fazem essencialmente a primeira parte do meu trabalho, que é a detecção de peões, alerta de colisão e detecção de faixa de rodagem», explicou, frisando que desses cinco, apenas dois apostam no segmento de camiões.
Na primeira parte da investigação, focada na detecção de objecto, com a qual já alcançou dois galardões internacionais, Luciano Oliveira desenvolveu algoritmos que permitem identificar na imagem o que é cada objecto, seja um peão, um automóvel, uma bicicleta, ou uma pessoa numa bicicleta.
A segunda parte da investigação, que agora se iniciou, consiste na «análise de contexto», ou seja na interpretação do movimento dos objectos.
«Através da dinâmica do objecto será possível inferir o seu comportamento. Quando aparece uma bola na frente de um veículo logo depois surge uma criança. Logo que aparece a bola o sistema pode mandar o veículo parar», explicou.
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