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É verdade, leu bem, "carros à vela": o vento também pode servir de combustível. Que o digam os organizadores das celebrações do Dia Europeu do Vento que estão desde o dia 13 de Junho, junto ao Edifício Transparente, no Porto. Isto porque, entre as muitas iniciativas do Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI) e da Associação Portuguesa das Energias Renováveis (APREN), se encontram alguns carros movidos a vento.
Os protótipos servem apenas para ilustrar uma das várias funcionalidades do vento, mas será pouco provável que comece a ver carros totalmente dependentes do vento na estrada. No entanto, José Carlos Matos, responsável pelo laboratório de energia eólica do INEGI, explicou ao PortugalDiário de que forma pode o vento funcionar como alternativa aos combustíveis, como a gasolina e o gasóleo. «Andar a vento directamente acho complicado. Os transportes são uma área à parte, porque precisam de combustível e a energia eólica converte o vento em electricidade. Mas já há veículos movidos a electricidade, por isso tudo é possível», comentou.
Sérgio Faria, responsável pela mostra de veículos movidos a vento, mostrou-nos os carros construídos por alunos do Instituto Superior de Engenharia do Porto e enalteceu as suas qualidades: «Não precisamos de gasolina nenhuma, só precisamos de vento e alguma adrenalina. O recorde de um carro destes foi 180 kms/h em terra lisa, mas em gelo pode ir até aos 210 kms/h».
11 ou 12 por cento de energia eólica no quotidiano dos portugueses
O Dia Europeu do Vento, assinalado este domingo, serviu de pretexto ao INEGI e à APREN para alertar os portugueses para a importância da energia eólica, como alternativa a outros elementos que prejudicam o ambiente. «O que pretendemos com esta iniciativa é que as pessoas, quando acenderem a luz em casa ou ligarem a máquina do café, se lembrem que há uma pequena parcela de energia ali oriunda dos aerogeradores, que vêem nos montes quando passam na autoestrada», afirmou José Carlos Matos.
No ano de 2007, Portugal tinha cerca de dois mil megawatts de potência instalada de energia eólica. «Por cada hora que passa, em termos de energia gasta, sete minutos vêm da energia eólica, isso corresponde a 11 ou 12 por cento da energia que consumimos», divulgou. Para os próximos anos, o plano está bem delineado: «Portugal tem de instalar mais de cinco mil megawatts até 2012, por isso não há volta a dar. No entanto, há questões de planeamento do território que são difíceis de ultrapassar. Julgo que está tudo encaminhado e agora o grande desafio é prever o que vem depois».
As comemorações encerram esta segunda-feira com a conferência «Energia Eólica em Portugal - Um percurso, um desafio» na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Será o fim de quatro dias totalmente dedicados ao vento, um elemento que está cada vez mais presente no quotidiano dos portugueses através da energia eólica. E quem sabe se, um dia, está não será uma boa opção para o seu carro.
Fonte da notícia:
IOL Diário Nota Pessoal:
Confesso que carros à vela é algo que nunca vi pessoalmente. Em relação ao vento pois não há dúvida nenhuma que este já está a ser utilizado para fins energéticos em várias partes do mundo e, as vantagens é que este tipo de energia é 100% não poluente.
Etiquetas: à vela, carros, combustível, Dia Europeu do Vento, vento