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quarta-feira, 11 de junho de 2008

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Euro 2008 cartoon

Para ver a animação clique neste cartoon e aguarde uns segundos. To view the animation click on this cartoon and wait a few seconds.


Há vitórias que dão muito trabalho a conseguir e aquela que Portugal obteve hoje, em Genebra, sobre a República Checa foi uma dessas. A selecção precisou de recorrer a todas as ferramentas que tinha guardadas no armário para escalar a barreira checa. Mas no final, foi ultrapassado mais um obstáculo e o caminho para os quartos-de-final está quase desimpedido.

Se ganhar à Turquia até pareceu fácil, derrotar a República Checa foi bem mais difícil. Contra os turcos bastou acelerar um pouco, fazer uns dribles, trocar a bola um pouco mais depressa. Mas frente aos checos, Portugal foi obrigado a despir o fato de galã e trocá-lo pelo fato-macaco. E o triunfo teve esse mérito. O de mostrar que a selecção também está disposta ao sacrifício. Ninguém se importa de ficar mal na fotografia por ter sujado os calções. Ninguém se incomoda de meter as mãos na massa se isso for preciso para chegar à final de Viena.

Portugal voltou a jogar como equipa – e este tem sido um dos grandes méritos da selecção. Mas hoje, contou também com o talento dos seus melhores jogadores. Cristiano Ronaldo foi decisivo na vitória. O homem sobre quem recaem todas as atenções sempre que Portugal entra em campo fez um grande jogo. E nem precisou de enfeitar as suas jogadas. Hoje, o número 7 de Portugal revelou que também sabe jogar puro futebol. O craque da selecção fez passes mortais, assistências primorosas e marcou um golo decisivo. Aliás, esteve nos três portugueses. Tudo sem um adorno. Só Deco o superou e por uma única razão: porque fez tudo aquilo que Cristiano Ronaldo também fez, mas sem nunca largar o volante da selecção.

Muito do sucesso de Portugal passou por este trabalho de condução, porque a selecção nunca se desviou do seu caminho e foi capaz de evitar os atalhos perigosos que teriam descaracterizado a equipa. Desde o primeiro minuto, os jogadores orientados por Scolari perceberam que tinham um muro pela frente, mas não houve ninguém que tentasse escalá-lo sozinho. Ajudaram-se uns aos outros e no final ultrapassaram a barreira em conjunto. Uma barreira que tinha sido, a par com a França e a Holanda, uma das selecções menos batidas na fase de qualificação para o Europeu (apenas 5 golos sofridos).

As bolas paradas dos checos

O jogo começou bem para Portugal, pois na primeira vez que conseguiu chegar com perigo à baliza adversária bateu o temido Petr Cech. Uma arrancada de Ronaldo, uma tabela com Nuno Gomes e uma insistência de Deco colocaram a selecção em vantagem na partida que colocava frente a frente os dois favoritos à vitória no Grupo A.

Mas a República Checa tinha as suas armas e a mais temida era a altura dos seus jogadores, mesmo se o gigante Koller (2,02m) não estivesse a titular. Num canto, os checos empataram o encontro e complicaram novamente a tarefa dos portugueses.

Com um meio-campo muito povoado e uma defesa segura a República Checa parecia inultrapassável. Portugal tentou de fora da área, com remates de Deco e de Ronaldo, mas atrás do muro havia ainda um rochedo chamado Cech, onde tudo fazia ricochete.

Na segunda parte, a selecção entrou ao ataque. Nuno Gomes e Simão fizeram a barreira estremecer, mas ela acabaria mesmo por ser arrombada pouco depois, num lance que contou com a assinatura dos dois protagonistas do jogo: Deco cruzou e Cristiano Ronaldo marcou.

Com um buraco feito na muralha checa, Portugal não deixou que ele voltasse a ser tapado. E aguentou a reacção do adversário, que apostou tudo nos lançamentos pelo ar e nos lances de bola parada. A selecção mostrava que tinha a lição bem estudada e quando Scolari viu Koller entrar não perdeu tempo para colocar Meira e arranjar um parceiro para o avançado checo.

Apesar de um ou outro susto, Portugal aguentou a vantagem e matou o jogo já no período de compensação (tal como tinha acontecido com a Turquia). Um contra-ataque fulminante deixou Ronaldo escolher se queria ser ele a marcar ou Quaresma (que entretanto tinha substituído Simão). E o craque português ofereceu o golo ao colega de equipa. Uma jogada que diz tudo sobre o estado de espírito que se respira na selecção.

Fonte da notícia: Público P

Nota Pessoal:

Mais um jogo ganho a contribuir para o momento festivo dos portugueses. Os meus parabéns à Selecção Portuguesa!

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