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quarta-feira, 9 de abril de 2008

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João Lobo Antunes em Nova Iorque

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Nova Iorque deve ser a cidade onde existem mais pessoas a morar sozinhas ou com gatos”, é a cidade onde se vive, ao mesmo tempo, com "o máximo de privacidade e de... solidão". São só duas pinceladas de um quadro de recordações pintado ontem à noite pelo neurocirurgião João Lobo Antunes depois da entrega do prémio Fernando Távora à arquitecta Maria Moita, em Matosinhos. O convite era para falar da "Viagem na construção do conhecimento" e as memórias de uma estadia "na cidade que nunca dorme", que durou 13 anos, soltaram-se sem reservas.

Antes de evocar uma viagem acontecida há já 30 anos, coube ao neurocirurgião, presidente do júri da 3ª edição do Prémio, anunciar a vencedora do concurso com o projecto “Arquitectura para o desenvolvimento. Intervenções de emergência e de permanência no sudoeste asiático”.

Adequando-se ao espírito do galardão, João Lobo Antunes preparou um discurso que ilustrasse a ideia da viagem como uma metamorfose pessoal e profissional. Começou por falar de uma viagem “romântica” a Amesterdão, lembrou ter-se sentido “homem-bicho” em África e, por fim, num tom confidencial que aqueceu o Salão Nobre da Câmara de Matosinhos, “regressou” a Nova Iorque.“Come with me to New York”.

O convite para trabalhar do outro lado do Atlântico partiu de um neurocirurgião americano, que viera a Portugal para tratar um diplomata português – o mesmo especialista tinha estado já em Lisboa, no final dos anos 60, para observar Oliveira Salazar, quando este se encontrava já paralisado. Aceitou o convite, e partiu, não sem antes deitar um olhar atento e prolongado às colinas de Lisboa, a sua cidade.

“Senti-me como um perdigueiro inquieto, quando descobri que aquele país tinha regras diferentes”. Apesar do impacto inicial, o carácter mundano e fervilhante de Nova Iorque rapidamente o abraçou e teve “a convicção intuitiva” de que aquele era o seu destino. Nesse “melting pot”, Lobo Antunes encontrou um espírito multi-étnico, onde nunca se sentiu discriminado. Mas, paralelamente a esse quadro colorido da diferença, o neurocirurgião deparou-se com uma realidade triste e homogénea, ou seja, o grande anonimato em que a cidade vivia. “Nova Iorque deve ser a cidade onde existem mais pessoas a morar sozinhas, ou com gatos”, a cidade onde se vive, ao mesmo tempo, com o máximo de privacidade e de... solidão. O professor experimentou essa grande solidão, nos primeiros anos. Nesses momentos, consolava-o a memória de uma Lisboa ensolarada, imagem que nunca se dissolveu nem o deixou.

Dos locais que mais o marcaram, Lobo Antunes destacou a livraria “Books and Company” e o metropolitano. Do primeiro, retém ainda, com humor, a imagem dos “empregados orientais elegantes, que tratavam com desdém quem viesse perguntar alguma informação”, mas era algo que ajudava a compor “o mistério” dessa livraria, onde encontrava os livros que nunca esperaria encontrar em qualquer outra. No labirinto do “subway”, constatou a “inevitável mortalidade do homem”.

Foi neste espírito “underground”, de “roupa vagabunda”, deitado nos jardins do Central Park, que o neurocirurgião inalou pela primeira vez o cheiro adocicado da marijuana: “E aí vi, talvez pela primeira vez, as estrelas de Manhattan”. Contudo, nessa “extraordinária máquina do efémero”, em que os cheiros da droga se mesclavam com os dos misteriosos livros da "Books and Company", Lobo Antunes afirmou não dissociar nunca as palavras “trabalhar, estudar e crescer” da cidade onde viveu.

Foi uma longa viagem de uma hora de memórias de Nova Iorque, onde Lobo Antunes disse continuar a habitar, e a ser habitado por ela. Como num filme de Woody Allen.

Fonte da notícia: Público.pt

Nota Pessoal:
Dr. João Lobo Antunes, fala-nos dos factores da solidão que existe na cidade de Nova Iorque. A solidão é uma situação que actualmente afecta tantas pessoas sobretudo nas grandes cidades. É interessante que embora essas pessoas estejam rodeadas por muitos outros milhões de pessoas mais solitárias se sentem no seu dia a dia. Este é sem dúvida um assunto social muito complexo para os sociólogos debaterem a fim de encontrarem respostas adequadas para ajudar essa gente.

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