Volunteer work: Time to give
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Manda a tradição que quando batem as doze badaladas que separam cada 31 de Dezembro do 1 de Janeiro se peçam desejos e se façam votos para o ano que se estreou. Nesses minutos há quem construa castelos de sonhos irrealizáveis e há quem trace metas muito realistas. Entre o sonho e a realidade, certo é que poucos resistirão a assinar compromissos consigo próprios.
A festa já lá vai mas o ano ainda é uma criança. Ainda há, pois, tempo, muito tempo para juntar mais um projecto à lista escrita mentalmente entre um golo de champanhe e uma passa: porque não ser voluntário?
O voluntariado é uma forma de viver em comunidade, é uma oferta que se faz aos outros. E uma oferta muito generosa. Há sempre quem precise.
Crianças e adultos que estão hospitalizados, distantes de casa, com a saudade a acentuar o sofrimento; idosos que vivem sós e isolados...
São pessoas que, muitas vezes, apenas precisam de companhia, de quem com elas fale e - mais importante - que as ouçam.
Essa voz amiga pode ser proporcionada pelo voluntariado. Define-se como um conjunto de acções de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, sem fins lucrativos, desenvolvidos por entidades públicas ou privadas.
Esta é a definição oficial de voluntariado. Mas também é possível ser solidário sem estar integrado num projecto ou estrutura: as relações de boa vizinhança e a solidariedade individual não têm preço para quem delas precisa e beneficia.
E na sociedade actual esta é uma atitude cada vez mais necessária. O envelhecimento é uma realidade inquestionável: não são precisas estatísticas para o comprovar, basta olhar à volta. Os avanços da ciência vieram acrescentar anos à vida e o grande desafio é hoje acrescentar vida aos anos.
Quando os anos se somam, o organismo vai ficando mais frágil. Mesmo os idosos "sãos como pêros" perdem autonomia: os membros já não reagem com a flexibilidade de antes e a memória vai pregando algumas partidas - é assim o envelhecimento.
Os filhos, quando os há, há muito que saíram do lar de família para construírem o seu próprio caminho, um caminho que, quantas vezes, os leva para mais longe do que desejariam.
E, mais cedo ou mais tarde, chega o momento da viuvez. Perde-se o companheiro ou companheira de anos, vão desaparecendo amigos e familiares.
É um cenário propício ao isolamento e à solidão. Mas é um cenário que se pode inverter e é aqui que o voluntariado tem uma acção decisiva. É claro que há situações de debilidade financeira, em que a necessidade maior é de alimentos e outros bens essenciais. Mas muitas vezes há uma fome mais escondida e ignorada: a de companhia, a de uma palavra amiga, de um gesto de conforto, de ajuda para pequenas tarefas do quotidiano. Palavras e gestos que podem ser proporcionados por uma pessoa solidária, disponível para dar algum do seu tempo e, porque não, do seu saber.
Ser voluntário é isso mesmo. Passa por coisas tão simples como ler ou escrever uma carta, preencher um documento, acompanhar aos correios, ao banco, ao médico, ao supermercado, o jardim. Ou tão só fazer companhia quando se folheiam os álbuns de fotografia, testemunhando o reavivar de memórias.
O potencial do voluntariado é inesgotável. Há muitas pessoas, em particular idosos, à espera de receber. Há certamente também muitas com vontade de dar. Porque não juntá-lo às boas intenções alinhavadas este Ano Novo?
Coração amarelo
A solidariedade e a cooperação são os valores que estão na origem da Associação Coração Amarelo, uma Instituição Particular de Solidariedade Social que promove o voluntariado dirigido a pessoas em situação de solidão ou dependência, em particular as mais idosas.
São ainda objectivos da associação a sensibilização das entidades oficiais para a necessidade de melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, bem como contribuir para o desenvolvimento nas comunidades de iniciativas de apoio ao domicílio em complemento com os serviços de saúde e de acção social.
Dinamizar acções de solidariedade em articulação com pessoas voluntárias que possam oferecer o seu tempo e saber e promover um espírito de entreajuda entre familiares, vizinhos e amigos fazem também parte dos propósitos da associação.
Para melhor concretizar a sua missão, a Associação Coração Amarelo integra desde Março de 2005 a Plataforma Saúde em Diálogo, uma aliança solidária de associações de doentes e de promotores de saúde que conta, desde a primeira hora, com o envolvimento das farmácias e dos farmacêuticos.
São os seguintes os contactos desta associação que se propõe ser a ponte para uma comunidade mais solidária:
Sede - Rua Guilherme de Azevedo, 8, r/c dto, 1700-221 Lisboa;
Telf - 21 795 81 67;
Delegações em Oeiras, Leiria, Porto e Alcobaça.
E-mail -
secretariado@coracaoamarelo.org;
Página na Internet - http://www.coracaoamarelo.org/.Fonte: Médicos de Portugal
Etiquetas: ajuda, apoio, voluntários