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Os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) dispõem a partir desta segunda-feira do primeiro Centro de Simulação Biomédica do país, destinado a treinar clínicos e equipas para intervir em doentes robôs em situação crítica, noticia a Lusa.
A formação de estudantes de medicina e enfermagem em anos terminais e pós-graduações de enfermeiros e médicos são outros domínios de intervenção deste centro que custou 700 mil euros, integralmente financiados através do mecenato por quatro fundações e empresas portuguesas.
O centro está dotado de robôs que simulam as funções humanas, de adultos, de um bebé, uma criança e até de uma parturiente, bem como de modelos cirúrgicos para treinos em órgãos específicos.
Um dos robôs custou cerca de 250 mil euros, e segundo Martins Nunes, responsável do novo centro, «é o simulador mais evoluído do mercado», capaz de «reproduzir praticamente toda a fisiologia humana».
O centro dispõe de quatro salas: de parto e gravidez, de adultos e crianças, de treinos de gestos clínicos e de cuidados intensivos e enfermagem. Cada uma delas está dotada dos robôs respectivos, e dos equipamentos necessários, como se se tratasse de um ambiente hospitalar com pacientes reais.
As intervenções das equipas médicas e dos clínicos individualmente são filmadas, e no final o comportamento será analisado no sentido de se melhorar a prontidão e a própria intervenção clínica.
«Aqui pode-se errar»
«Aqui pode-se errar e repetir as vezes necessárias até se fazer bem», sublinhou Martins Nunes, director do Serviço de Anestesiologia dos HUC, de que depende o novo centro.
Segundo o seu responsável, trata-se de um centro para servir o país, com um perfil multidisciplinar, pois abrange todas as áreas que tem cuidados críticos.
Fernando Regateiro, presidente do Conselho de Administração dos HUC, destacou o facto de ser possível reduzir o tempo de formação pós-graduada, por se poder recorrer a robôs que reproduzem a fisiologia humana.
«Protege o doente, e garante a segurança na intervenção», destacou o responsável, professor universitário de medicina, acrescentando que é também possível simular situações raras, deixando o clínico preparado para quando se deparar com elas.
A partir de terça-feira, e durante uma semana, representantes do Hospital Médico de Harvard (EUA) estarão em Coimbra para ministrar um curso de instrutores em simulação clínica.
Para 2009 o centro tem já programadas 54 acções de formação para grupos de 12 clínicos, de várias regiões do país.
Segundo Martins Nunes, o Centro de Simulação Biomédica será auto-sustentável. O conselho de fundadores vai garantir financiamento durante cinco anos. As acções de formação e a prestação de serviços a empresas, para treino de equipamentos, e utilização de medicamentos, serão outras fontes de financiamento.
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IOL DiárioEtiquetas: Coimbra, hospitais, medicina, robôs, robots