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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

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Ibéria: Portugal e Espanha num só país

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O escritor Arturo Pérez-Reverte defendeu a existência de uma Ibéria, um país único, sem fronteiras que separem Espanha e Portugal, porque é «um absurdo» que os dois países vivam «tão desconhecidos um do outro».


«Há uma Ibéria indiscutível que está entre os Pirinéus e Gibraltar, com comida, raça, costumes, história em comum e as fronteiras são completamente artificiais», disse o escritor espanhol à agência Lusa, de passagem por Portugal a propósito do lançamento do romance «Um dia de cólera».


Para Pérez-Reverte, essa Ibéria não existe administrativamente, mas «qualquer espanhol que vem a Portugal sente-se em casa e qualquer português que vá a Espanha sente o mesmo».


«Houve dificuldades históricas que nos separaram, mas a Ibéria existe. Náo é um mito de Saramago, nem dos historiadores romanos. É uma realidade incontestável que precisa de um empurrão social e não político para concretizar o projecto», disse.


Ainda assim, disse que «é um absurdo que Portugal e Espanha vivam sempre tão separados, tão desconhecidos um do outro», já que deviam olhar para a Europa como ibéricos, porque o mundo de hoje «é um lugar de grandes mudanças sociais».


«Esse Ocidente pacífico, sereno, poderoso, com uma certa coerência cultural e social do século XX não poderá continuar. O Ocidente como o entendemos está na sua etapa final», disse.


Arturo Pérez-Reverte, 57 anos, é um dos escritores mais populares das letras espanholas da actualidade, com obra traduzida em quase 30 idiomas. Antigo repórter de guerra, dedica-se em exclusivo à escrita desde finais dos anos 1980, tendo editado romances como «O cemitério dos barcos sem nome», «Território Comanche», «O hussardo», «O pintor de batalhas» e os seis romances da série de aventuras «Capitão Alatriste».


Fonte da notícia: IOL Diário

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3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

IBÉRIA, NÃO, OBRIGADO....

Continua a estar na moda apontar uma eventual união Portugal-Espanha para resolver os
grandes problemas do povo português. Tudo isto partiu inicialmente de um estudo de 2006
em que quase 28% dos inquiridos manifestava tal opinião, e que foi referido quase até à
exaustão... esquecendo-se que no mesmo estudo quase 70% dos inquiridos acreditava ser
Portugal um país viável.

O autor espanhol nem se apercebe de que modo é um "continuador" destas teorias.
Pessoalmente, não vejo no "Iberismo", em si, um ideal totalmente "desprezível". O que se
passa é que, historicamente, o Iberismo tem apenas servido de "capa" a uma coisa chamada
"Imperialismo Castelhano". Basta ver o que sentem muitos catalães, bascos, e até galegos,
para se perceber isso.

O dito autor espanhol nem se dá conta, mas, ao falar numa "Ibéria dos Pirinéus a
Gibraltar", está também, no fundo, a chamar a atenção à reivindicação espanhola sobre
Gibraltar. Todavia, se alguèm lhe falar de Olivença, quase de certeza que dirá que isso é
um problema anacrónico !!! E, já agora, é um pouco abusivo chegar a Portugal e opinar assim sobre um País que o acolhe... e tantos jornais encararem isso como "normal". O que sucederia se um Português em Espanha dissesse que achava que a Espanha ia ser dividida? O que "pensaria" a imprensa espanhola? E o público?
No meio de tudo isto, devo dizer que a História recente nos mostra que as uniões artificiais acabam mal.Os povos devem ser respeitados no seu direito à independência! Será que a Noruega e a
Suécia se têm de unir porque estão numa mesma península? Será que a Holanda terá de se
integrar na Alemanha porque em tempos fez parte do Império Germânico e porque é muito
pequena para resistir aos novos desafios do Mundo moderno ? Esta lógica é absurda !

Temos de ser NÓS a levar o nosso nível de vida e a desembaraçar-nos dos nossos políticos
corruptos (que, aliás, existem em qualquer País, incluindo a Espanha). A União ibérica já
foi tentada em 1580. A Espanha tornou-se mais forte? Não. Entrou em decadência... e
Portugal foi por esta arrastado.

Mas Perez-Reverte, talvez inconscientemente, dá a opinião mais habitual vinda de um
espanhol. Desgosta-me mais ver pessoas, e principalmente compatriotas meus,
portugueses, tratar destes temas de Unificação Iberica em termos

tão ligeiros e irresponsáveis. Deveria ser já tempo de se falar de assuntos polémicos com
profundidade.

Já se entendeu que, pessoalmente, não sou a favor duma União Ibérica. Parece-me
ridículo pôr em causa uma independência de 850 anos, que nunca se teria mantido se não
fosse sólida e justificada. Já é suficiente, sem discutir se terá sido o caminho
correcto, a "dissolução" (relativa...) na União Europeia, onde, como Estado Soberano,
temos voz igual aos outros membros. Numa União Ibérica, até essa igualdade se perderia.

Todavia, penso que os que a defendem como uma solução para Portugal no quadro de uma
Confederação o fazem convictos de que querem conservar uma cultura portuguesa distinta, e
merecem ser respeitados, mesmo discordando da idéia! Enfim, igualmente

aqueles que, ao defender uma Unificação Iberica, defendem o aniquilamento

puro e simples de Portugal, e a sua "castelhanização", também têm o direito

de o afirmar sem receio de represálias. Contudo, na minha opinião,merecem-me menos
respeito.

Na verdade, aniquilar um País só porque atravessa um momento de crise

parece-me ilógico e revelador de falta de confiança ... e mesmo de

imaginação. Defender que outros vão fazer o que a nós compete fazer é muita

ingenuidade. E, já agora, porque defender a opção espanhola? Revelaria mais

imaginação ( e MUITO maior proveito económico) uma federação marítima

("talassocrática") com a Holanda ou com a Dinamarca, por exemplo...

O facto de partilharmos uma Península com um Estado não nos obriga a

unir-nos por motivos "geográficos"...assim como a Suécia e a Noruega não se

unem só porque partilham a península escandinava. O facto de se dizer que

"Portugal saíu da Espanha", para além de errado (Portugal "saíu" do Reino de

Leão, a Espanha não existia), a nada nos obriga também. Os holandeses e os

suíços saíram da Alemanha... e não me consta que se defenda a sua

reunificação com o pátria original.

Todos estes argumentos escondem uma profunda incapacidade de pensar assuntos

sérios com profundidade e num espírito construtivo, e revelam a preguiça de

pensar Portugal a partir do que ele é. Melhor, revelam a preguiça de pensar.

É muito mais cómodo ( e parece ser moda) desistir e dizer que não vale a

pena porque não se vai chegar a lado nenhum. Presume-se que os outros serão

tão incapazes como quem o proclama.

Talvez o mais preocupante seja verificar que a razão principal, quando não a única, dos
que defendem a União Portugal-Espanha, é de natureza económica... ou interesseira. "Se
fôssemos espanhóis, ganharíamos mais, já que eles ganham mais". Esta frase aparece em
quase todos os inquéritos.

O erro é evidente: quase sempre ao longo da História, Portugal repetiu um erro: esperar
que a riqueza viesse ter ao seu encontro. Tal sucedeu na Época da Expansão, e noutras
épocas mais ou menos favoráveis. As elites preferiam viver de rendimentos, pouco
arriscando em busca de novas fontes de enriquecimento...principalmente se passavam por
produzir algo de novo no seu próprio país...

O povo em geral ia vivendo mal, e verificava que quem prosperava era quem menos riqueza
produzia... quando não lançava mão de métodos menos honestos. Ser "esperto",
"desenrascar-se", era muito mais rentável do que matar-se a trabalhar.

Trabalho que, aliás, era visto como algo de pouco dignificante. O trabalho não era
apanágio das classes dominantes. Uma mentalidade que ainda não foi de todo ultrapassada.

O que se espera, muitas vezes, de uma União Ibérica é que estrangeiros façam por nós
aquilo que nós próprios não conseguimos fazer. Uma ilusão. Imaginemos Madrid a subir o
nível de vida em Portugal de um momento para o outro. Como iria buscar recursos para tal
? Só tirando-os a regiões espanholas, que não o iriam aceitar nunca.

Não se deve esquecer também que a tendência geral seria tirar Centros de Decisão de
Portugal (por exemplo, sedes de empresas) para os aproximar de Madrid. Aliás, isso já
sucede. E se hoje o Poder político de Lisboa pode tentar contrariar livremente essa dita
tendência, muito mais dificilmente o faria não sendo um Poder Independente.

Há quem argumente que o Poder Central em Portugal poucas decisões acertadas toma para
desnvolver Portugal e o nível de vida das suas populações. Mas... porque existe uma
"coisa" chamada Independência Nacional, os portugueses podem, livremente, decidir votar
em políticos mais eficazes. Usando uma ezpressão comum, podem até "derrubar o governo".
Ninguém poderá interferir. Mas... imagine-se que Portugal não era um Estado Soberano. Em
caso de descontentamento com o Poder Central... como derrubá-lo...situando-se ele fora do
território nacional... e sendo compartido com outras regiões? Já se meditou seriamente
sobre isso?

E... como se faria caso, após uma união ibérica, os interesses portugueses chocassem
com os interesses de Madrid? Proclamava-se nova separação? E como reagiriam a isso as
autoridades espanholas?

Não se pretende com estes exemplos dizer que se "desconfia das intenções da Espanha",
ou que "a Espanha é a bruxa má desta questão". Não. O que se pretende é que se medite
seriamente nos riscos que se corre ao abdicar-se de uma Soberania Plena. As lições de
1580-1640, e as da Guerra que se seguiu, deveriam ser muito bem estudadas. Não porque a
História se repita, mas porque, por vezes, os exemplos do passado nos podem ajudar a
projectar o futuro com mais sabedoria.

Não creio, também, que o Povo Espanhol esteja "preparado" para tal tipo de União.
Infelizmente, muitos encaram-na, ainda que inconscientemente, como uma "reunificação", ou
"absorção". Na verdade, no estudo de 2006, 44% dos espanhóis, contra 38%, declarou num
estudo recente que Espanha deveris ser o nome de um eventual Estado Ibérico Unificado. E,
nesse mesmo estudo, 80% dos inquiridos do País vizinho considerou que a Capital deveria
ser Madrid, só 3% opinando por Lisboa.

Parece, pois, que uma União Ibérica levaria, quase seguramente, a uma centralização,
directa ou indirecta, de poderes no Centro da Península...e, com o tempo,a uma
despersonalização de Portugal.O exemplo da despersonalização efectuada, e ainda
existente, em Olivença, dá que pensar. Quase me atreveria a perguntar a iberistas de
vários quadrantes, quando vêem Portugal enquanto província ou Estado integrado numa
"Ibéria", se deveria incluir Olivença ( e Táliga) dentro do seu espaço, ou se deveria
continuar em espaço alheio.

Em termos históricos, e para concluir( e muito mais haveria a dizer ), direi que nunca
um povo ou um país prosperaram abdicando da sua existência. Nenhum estrangeiro (Espanhol,
Francês, Alemão) nos virá "ajudar" sem pedir nada em troca. E sem ter tendência a
monopolizar os cargos superiores e mais bem pagos...

Estremoz, 20 de Novembro de 2008

Carlos Eduardo da Cruz Luna
carlosluna@iol.pt

21 novembro, 2008 22:21  
Blogger Jorge M. Gonçalves disse...

Muito obrigado pela visita e por este seu brilhante comentário. Uma boa semana para si com tudo de bom. Volte sempre

22 novembro, 2008 12:42  
Anonymous Anónimo disse...

O pior será se um dia os Portugueses desejarem ser desesperadamente ibéricos e os espanhóis não nos quiserem aceitar.... Quem sabe se esta não será uma última oportunidade?

29 outubro, 2010 23:46  

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