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Tem o par de orelhas mais iconográfico da animação mundial, é o rato entre os ratos protagonistas do cinema e da banda desenhada. Mickey celebra oitenta anos na terça-feira desde que apareceu em «Steamboat Willie», em 1928.
Segundo recorda a agência Lusa, a 18 de Novembro de 1928, em Nova Iorque, era exibido o primeiro filme de animação sonorizado, «Steamboat Willie», uma paródia a um filme de Buster Keaton que dá a conhecer um pequeno roedor, preto, de calções e sapatos.
Nesse mesmo ano de 1928 tinham sido exibidos dois outros filmes pioneiros, «Plane crazy» e «Gallopin Gaucho», mas o primeiro sonorizado e que é tido como o do nascimento de Mickey é «Steamboat Willie».
«É um personagem apelativo, pequenino, mas rebelde e ao mesmo tempo encantador. Hoje não tem o mesmo carisma, mas é uma das mais importantes personagens do século XX», disse à agência Lusa o investigador Leonardo de Sá.
A carismática personagem de animação, que chegou a chamar-se Mortimer Mouse, foi imaginada por Walt Disney, mas quem lhe definiu os traços que são hoje reconhecíveis em todo o mundo foi o desenhador norte-americano Ub Iwerks.
Na história do cinema de animação e da banda desenhada foram criadas outras personagens inspiradas em ratos, como Jerry, Mighty Mouse, Speedy Gonzalez, Stuart Little e o mais recente «chef» de Ratatui.
No entanto Mickey é o mais famoso de todos, é considerado a personificação da Disney como máquina de magia e fantasia, a referência numa extensa galeria de personagens de animação.
Entre as mais conhecidas aparições contam-se, por exemplo, «The band concert», com Mickey a conduzir uma orquestra durante um furacão ou o clássico «Fantasia», em que interpreta um aprendiz de feiticeiro.
Em 1930, dois anos depois da projecção dos primeiros filmes de animação, surgiram as tiras de banda desenhada na imprensa, novamente com desenhos de Iwerks e mais tarde de Floyd Gottfredson, aquele que definiria os traços e a personalidade de Mickey.
Só chegou a Portugal em 1935
Em Portugal as histórias do rato Mickey surgiram pela primeira vez a 21 de Novembro de 1935 numa revista intitulada «Mickey», que custava 1,50 escudos e que durou até finais de 1936.
Nela vinham publicadas em português, com a primeira página, as centrais e última página impressas a cores, as tiras dos jornais norte-americanos com uma diferença temporal de alguns meses.
Nos anos 1950 surgiu uma nova publicação - «Rato Mickey» - editada pela Agência Portuguesa de Revistas, mas a verdadeira massificação ocorreu nos anos 1980 através das revistas da Disney provenientes do Brasil.
Segundo Leonardo de Sá, o rato Mickey foi e continua a ser sobretudo uma personagem para o público infantil, mas a sua fama, ao longo destes oitenta anos, deve-se também ao sucesso que teve junto dos adultos.
Ao longo dos anos, a popularidade de Mickey tem sido alimentada por conta de uma gigantesca máquina de divulgação nos mais diferente canais, seja pela televisão, seja pela venda de produtos associados ou nos parques temáticos espalhados pelo mundo.
Como sublinhou Leonardo de Sá, Mickey continua a ser «uma das mais reconhecidas e identificáveis personagens para o público. É iconográfica como é, por exemplo, o Super-Homem».
Fonte da notícia:
IOL DiárioEtiquetas: banda desenhada, Cartoon, cinema, Rato Mickey, Steamboat Willie, Ub Iwerks, Walt Disney