Portugueses presos nas Canárias por transporte de ilegais

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Transportavam onze imigrantes ilegais da Guiné-Bissau e Mauritânia

Pelo menos cinco portugueses estão em prisão preventiva nas Canárias depois de terem transportado e tentado introduzir em Espanha onze imigrantes ilegais da Guiné-Bissau e Mauritânia. Estes portugueses terão cobrado 44 mil euros pela viagem aos imigrantes, segundo avança a Lusa.
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Fonte da Chefia Superior de Polícia em Las Palmas disse à agência Lusa que os portugueses detidos são o capitão do navio «Albimar», Carlos Alberto A.R., e os tripulantes José M.P., João S.D, João D.S.V e Alberto D.J.. Igualmente detido foi um cidadão de nacionalidade não precisada, identificado como Mohamed M.S.H.

Os membros da tripulação foram esta sexta-feira apresentados a um juiz, que ordenou a sua prisão preventiva, tendo aos imigrantes sido imputados crimes de violação da lei de estrangeiros.

O «Albimar» continua atracado em Las Palmas, onde chegou com os imigrantes, que entraram na embarcação no porto mauritano de Nouadhibou.

A Polícia suspeita que, além de cobrar a cada imigrante quatro mil euros pela viagem, o capitão do navio tinha documentação para fazer passar os imigrantes por marinheiros, obrigando-os a trabalhar, sem pagamento, durante a viagem.

Todos os imigrantes declararam ter sido trazidos por dois dos marinheiros do barco.

Informações da Polícia indicam que o capitão do «Albimar» - acusado agora de favorecimento à imigração ilegal - já tinha estado detido no Senegal, acusado de tráfico de pessoas no mesmo navio.

Por esse crime passou pelo menos oito meses na prisão.

O objectivo do capitão português era fazer desembarcar os imigrantes em pequenos grupos, depois da chegada às Canárias, antes do regresso a África para recolher mais passageiros ilegais.
A Polícia suspeita que o «Albimar» realizava tarefas deste tipo de forma continuada, transportando imigrantes para as Canárias ou como falsos marinheiros ou escondidos no fundo da embarcação.

Um dos tripulantes detidos, identificado como Alberto D. J:, tinha já sido detido em 2006 conjuntamente com o resto da tripulação do navio português «Mapoeche 1», que chegou às Canárias com 20 imigrantes escondidos.

Fonte da notícia: Portugal Diário