O Papa celebrou ontem a Festa de Baptismo de Jesus com um baptizado a 13 crianças, na Capela Sistina. Na missa solene, Bento XVI usou o antigo altar incrustado na parede, oferecendo as costas aos fiéis.
Foi assim a primeira vez, após o Concílio Vaticano II (de 1962 a 1965), que o Sumo Pontífice ficou de costas para os crentes. O resto da celebração seguiu as regras introduzidas por Paulo VI no Vaticano II e que, segundo o próprio Bento XVI, “permanecem a norma litúrgica”.
Esta explicação seguiu-se à “liberalização” das missas em latim (uma dos motivos da Reforma Protestante no século XVI).
Ao ficar de costas para os fiéis e depois de liberalizar as missas em latim, Bento XVI quebra agora uma tradição católica com mais de 40 anos.
Para evitar a situação, os antecessores, como João Paulo II, recorriam a um altar móvel, diante da parede onde Miguel Ângelo pintou o ‘Juízo Final’. Bento XVI celebrou assim a cerimónia nos dois anteriores anos do seu pontificado.
Segundo a Oficina de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, a opção pelo antigo altar visou “não alterar a beleza e harmonia” daquele local.
“Isso obriga a que em alguns momentos o Papa fique de costas para os fiéis e de frente para a Cruz”, explica o Vaticano, sublinhando que a “liturgia” decorreu sob as regras do Concílio Vaticano II.
Os 13 baptizados ontem são filhos de funcionários do Vaticano.
Fonte da notícia: Correio da Manhã
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