IMF (International Monetary Fund) in Portugal
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“Se as reformas forem implementadas como planeado”, Portugal pode estar em recuperação na primeira metade de 2013, prevê Poul Thomsen da FMI.
O enviado do Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que o programa de ajuda externa a Portugal vai ser bem sucedido, antes de mais, porque há um consenso político alargado. Em entrevista a uma publicação do FMI, Poul Thomsen sublinha ainda que este plano teve o cuidado de proteger os mais vulneráveis.
O plano, diz Thomsen, vai ter sucesso porque está desenhado para vários anos e contém, por um lado, a correcta mistura de políticas que são credíveis e concentradas na fase inicial e, por outro, tem um "excepcional apoio que a comunidade internacional dá ao pacote de financiamento”.
Thomsen sublinha que este é um programa duro e ambicioso, mas também realista e justo.
A estratégia tem três pontos essenciais: o combate aos problemas estruturais do país, o fortalecimento da política orçamental e a garantia à estabilidade do sector privado.
E serão essas questões que vão permitir que Portugal esteja em recuperação na primeira metade de 2013, “se as reformas forem implementadas como planeado”, nas palavras do chefe de missão do FMI para Portugal.
“Ir rápido demais causaria uma enorme contracção na procura antes das reformas estruturais”, defendeu.
Thomsen evidenciou ainda a riqueza do pacote em medidas para dinamizar a produção e o emprego. Aliás, uma das críticas mais fortes que lançou foi ao actual sistema de protecção dos trabalhadores.
“O actual sistema de protecção de emprego contém a criação de postos de trabalho e é injusto, porque protege aqueles com trabalhos melhor pagos à custa dos outros que estão a entrar no mercado laboral”, disse o responsável à “IMF Survey Magazine”.
Além disso, o membro do FMI adiantou ainda que os problemas económicos “têm sido causados, em grande medida, por uma falta de concorrência nos sectores não transaccionáveis da economia, tais como a electricidade, os transportes e as telecomunicações”. Por isso, referiu as alterações que vão acontecer, dadas a reforma da regulação e a privatização “acelerada”.
Fonte da notícia: Renascença