The devotion at the Shrine of Fatima also includes Pope John Paul II
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A estátua do Papa Wojtyla, que foi beatificado no passado dia 1 de Maio, em Roma, converteu-se num "novo centro grande de devoção" em Fátima, como disse o ainda reitor do santuário, padre Virgílio Antunes, bispo eleito da diocese de Coimbra.
Fotos, flores, algumas velas de cera, uma guia que passa e apresenta, em inglês, a estátua do Papa a um grupo de peregrinos. À volta do monumento, há um grupo de gente que vai rodando.
Não é o caso de António Prata, lenço amarelo à volta do pescoço para identificar o grupo. Apesar do calor que queima, permanece longos minutos de braço estendido para a estátua. "Estive a rezar o terço, emocionam-me estas coisas."
Vindo de Sacavém (Loures), Prata, 59 anos, mecânico de automóveis, vem a Fátima várias vezes no ano. Não está junto da estátua especialmente por causa da beatificação, mas diz que João Paulo II era "um amigo do mundo, foi um símbolo".
Mais gente este ano
Há talvez mais gente que o habitual. É como um pequeno eremitério, onde o relativo silêncio quebra o ruído ambiente do resto do santuário. Hélder Castilho, 58 anos, desempregado há oito, passa mais longe da estátua com o seu grupo. Vêm de Vila Franca, t-shirt branca com uma foto de João Paulo II estampada nas costas. "Venho por um homem que ficou na história e marcou uma geração", diz. "Pela forma de estar, de comunicar, de como se dirigia às pessoas."
O grupo nasceu entre trabalhadores da Mitsubishi. E Hélder vem também preocupado com a situação do país: "Venho pedir para ver se melhora. Espero melhores dias, mas é difícil ter esperança. O que aí vem não é nada bom."
Um recado duro para os políticos portugueses deixou o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto: "Queremos ter presente a hora gravíssima do nosso povo, para que encontre na espiritualidade de Fátima a força da coragem, da confiança e da esperança para enfrentar esta crise com novos modos de vida", afirmou, a propósito das intenções da peregrinação deste 13 de Maio.
Dos EUA a Roma e Brasil
Além das vítimas dos recentes terramotos no Japão e em Espanha, o bispo disse ainda que nestes dias se rezará a pedir que os responsáveis da vida pública em Portugal sejam "verdadeiros estadistas, à altura dos desafios desta hora, com a grande estatura de homens políticos que põem acima de tudo o interesse do seu povo e o bem comum".
A sete anos do centenário dos acontecimentos de Fátima, o ainda reitor apresentou o programa das principais iniciativas. Uma autêntica internacionalização do santuário: um novo site (www.fatima2017.org/) em sete línguas dedicado ao centenário; congressos teológicos nos Estados Unidos, em 2013, e em Roma, em 2015, além de um outro em Fátima, em 2017; e a inauguração, já a 28 deste mês, no Rio de Janeiro, de uma réplica da Capelinha das Aparições, integrada num santuário que está a ser construído.
Fonte: Publico