International Women's Day
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O Dia Internacional da Mulher assinala-se hoje pela centésima vez, quando «em demasiados países e sociedades as mulheres continuam a ser cidadãos de segunda», segundo alerta o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em Portugal, o Governo assinala a data com um almoço, onde a Secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais junta, entre outras, a artista plástica Joana Vasconcelos, a actriz Cláudia Semedo e as cantoras Sara Tavares e Joana Amendoeira.
As centrais sindicais CGTP e UGT aproveitam a data para alertar para o aumento do desemprego, sobretudo, entre as mulheres, que continuam a ser as mais sacrificadas com a crise.
Em Estrasburgo, no Parlamento Europeu, está agendada a discussão e votação de dois relatórios, um sobre a igualdade entre homens e mulheres na União Europeia e outro sobre a pobreza feminina.
Também as Nações Unidas lançam hoje um concurso de âmbito europeu para a criação de um anúncio que apele à igualdade de género e ao fim de todas as formas de violência contra as mulheres.
"Embora o fosso entre homens e mulheres em matéria de educação esteja a diminuir, existem diferenças muito acentuadas no interior dos países e entre eles e demasiadas raparigas veem-se ainda privadas de escolarização, abandonam a escola prematuramente ou terminam os estudos com poucas competências e ainda menos oportunidades", afirma Ban Ki Moon.
Na sua mensagem para esta efeméride, lembra que "as mulheres e as raparigas continuam a ser vítimas de uma discriminação e de uma violência intoleráveis, com frequência às mãos do seu parceiro ou de familiares próximos".
No domínio da tomada de decisões, sublinha Ban Ki Moon, "mais mulheres em mais países ocupam agora assentos nos parlamentos, mas menos de 10 por cento dos países têm uma mulher como chefe de Estado ou de governo".
Para assinalar este dia, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) promove um debate sobre "o papel da igualdade entre homens e mulheres para fazer face à crise e garantir uma recuperação sustentável e justa".
Segundo a OIT, "apesar dos progressos alcançados, continuam a persistir desigualdades e a igualdade entre homens e mulheres continua a ser um grande desafio".
Esta organização lembra que se mantém "uma clara segregação das mulheres em sectores que se caracterizam por baixos salários, horários de trabalho longos e vínculos laborais precários".
"Existe uma percentagem muito elevada de mulheres no emprego vulnerável (51,8 por cento), situação que tem vindo a crescer depois de ter registado um declínio nos últimos 20 anos".
Fonte da notícia: Diário Digital / Lusa