Gaddafi does not want democracy
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Líder do país diz que culpa da instabilidade é de uma minoria de jovens que está a ser "enganada e drogada" por estrangeiros e pergunta: “Querem ser escravos dos americanos?”
O presidente da Líbia garante que não se demite e que não deixa o país. Admite ainda morrer como mártir e abre a hipótese de usar a força contra os elementos que se estão a rebelar. “Ainda não usámos a força, mas admito fazê-lo no futuro.”
Durante uma declaração na televisão estatal, Muammar Khadafi disse hoje que a instabilidade no país "deve-se a um grupo limitado de jovens que não representam a Líbia". “São 'gangs', ratos e mercenários” que podem – segundo o Código Penal – ser “condenados à morte”.
"A partir desta noite, as pessoas nas cidades Líbias é que sustentam Muammar Khadafi. Muammar Khadafi é a glória. Se eu fosse um presidente, demitia-me, atirava-vos a minha demissão às caras. Mas não tenho posição, não tenho de onde me demitir, apenas tenho a minha arma, a minha espingarda para lutar pela Líbia", disse.
O líder líbio, no poder há mais de 40 anos, exorta os seus apoiantes a saírem à rua para o apoiarem e defenderem contra a minoria de manifestantes, que diz terem sido enganados pelos estrangeiros e “aliciados com dinheiro e drogas”. "Saiam das vossas casas e ataquem-nos nas suas tocas", afirmou.
Apesar de tentar desvalorizar as manifestações no país, Khadafi promete reformas políticas (“podem ter a Constituição que quiserem”) e “criar comités populares e municipais”. Referiu, no entanto, que não é ele que tem o poder.
Numa declaração que demorou mais de uma hora, Khadafi lembrou que a Líbia, no passado, já resistiu a forças estrangeiras e lançou uma questão com alvo bem definido. “Querem ser escravos dos americanos?”
Muammar Khadafi não se esqueceu de se auto-elogiar "pelo grande trabalho" que tem levado a cabo no país e defendeu que foi um herói.
Fonte da notícia: Renascença