World Teachers' Day 2009
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O Dia Mundial do Professor é assinalado segunda-feira em Portugal sem as manifestações de rua dos últimos anos, mas os professores continuam a reivindicar a valorização da profissão, enquanto esperam pelo próximo ministro da Educação
«Estamos no início de um novo ciclo político e, portanto, é natural que, mais do que uma luta como existiu até aqui, haja uma grande expectativa dos professores em relação a um futuro próximo», disse à Lusa Mário Nogueira, dirigente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Nos últimos anos, os professores têm aproveitado o Dia Mundial do Professor para manifestar o seu descontentamento na rua, mas actualmente o momento é de esperança na nova correlação das forças recentemente eleitas para a Assembleia da República.
«Os partidos que se comprometeram, que estiveram do lado dos professores na luta contra as políticas educativa do anterior governo estão hoje em maioria na Assembleia e é natural que nós possamos olhar o futuro com mais esperança do que aconteceu no passado», frisou este sindicalista.
As manifestações que levaram milhares de professores às ruas nos últimos anos, documentadas em imagens, fazem parte da exposição Dignificar a profissão, valorizar a escola pública: A luta dos professores portugueses, a inaugurar segunda-feira na Escola Secundária de Camões, em Lisboa, e que irá percorrer depois as capitais de distrito do país.
Antes da exposição, na mesma escola, a Fenprof promove ainda uma sessão pública, com intervenções de Mário Nogueira e de António Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa.
Na última semana, a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) distribuiu pelas escolas um panfleto com a mensagem deste ano da Internacional da Educação para o dia do professor, sob o tema Construir o Futuro: Investir nos Professores Já, que inclui também «as exigências imediatas» da FNE de investimento nos professores.
Para João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, é preciso investir, valorizar e dignificar a carreira docente.
A FNE pretende a redefinição do estatuto da carreira docente, um novo modelo de avaliação de desempenho, rever o regime de concursos e a reorganização dos horários dos professores para privilegiar a componente pedagógica sobre a componente administrativa e burocrática, de forma que os professores tenham tempo para preparar aulas, estudar, investigar e reunir com colegas.
«Julgamos necessário também rever a estrutura salarial dos professores, valorizando os professores em inicio de carreira cujos salários são baixos», defendeu Dias da Silva, salientando que «o leque salarial dos professores em Portugal é extremamente lato, maior do que o da generalidade dos países da União Europeia».
Lusa / SOLEtiquetas: Professor