O Dia D com Barack Obama

D DAY WITH BARACK OBAMA IN NORMANDY

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prestou homenagem aos heróis do Dia D neste sábado, dizendo que o desembarque nas praias da Normandia há exatos 65 anos ajudou a salvar o mundo do mal e da tirania.

Falando a veteranos, Obama disse que a Segunda Guerra Mundial representa um momento especial na história, no qual as nações lutaram juntas para enfrentar uma ideologia assassina. Ele acrescentou que a grande lição é "não esquecer o episódio que mudou o curso de um século" e saudou a bravura dos soldados em 6 de junho de 1944.

- Vivemos em um mundo de crenças rivais e versões sobre o que é verdade. Nesse mundo, é raro surgir uma luta que fale algo universal sobre a humanidade. A Segunda Guerra Mundial fez isso - afirmou Obama.

Falando em um gigantesco cemitério militar norte-americano em Colleville, onde estão 9.387 soldados dos EUA, Obama declarou que a guerra contra a Alemanha nazista abriu o caminho para anos de paz e prosperidade.

- Não podíamos saber na época, mas muito do progresso que definiria o século 20, em ambos os lados do Atlântico, se resumia à batalha por um pedaço de praia de apenas seis milhas de comprimento e duas milhas de largura - disse

Obama disse, ainda, que a grande lição é "Não esquecer o episódio que mudou o curso de um século" e saudou a bravura dos soldados em 6 de junho de 1944.

O presidente dos EUA tenta se aproximar da Europa e reatar a ligação com a França e outros países, enfraquecida durante a gestão de George W. Bush. E aproveita para firmar posição em torno da necessidade de laços incondicionais entre seu país e a Europa visando à execução de um trabalho conjunto para enfrentar questões mundiais, como a crise financeira, o terrorismo e a guerra no Afeganistão.

Obama prestou homenagem aos veteranos que participaram do Dia D, inclusive Jim Norene, que visitou o cemitério na véspera do evento comemorativo, falecendo em seguida. O presidente americano disse que Norene estava doente quando deixou sua casa e sabia que poderia não voltar aos Estados Unidos. E lembrou que o ex-combatente voltou à Normandia pela mesma razão que muitos outros visitam o local: relembrar os sacrifícios que permitiram a ofensiva contra o nazismo e a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.

O presidente americano acrescentou que seu avô, Stanley Dunham, chegou à Normandia seis semanas depois do Dia D. E seu tio-avô, Charles Payne, desativou um campo de concentração nazista.

É uma tradição dos presidentes americanos comparecerem à cerimônia que relembra o Dia D. A visita à França é a etapa final de um giro que começou no Egito, passou pela Arábia Saudita e chegou à Alemanha, na qual Obama falou sobre as relações de seu país com o mundo muçulmano e dos laços entre palestinos e israelenses. Sarkozy, Gordon Brown e Stephen Harper ao lado de Obama

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, o premiê britânico, Gordon Brown, e o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, se juntaram a Obama na cerimônia de sábado, realizada sob tempo nublado -muito melhor que os ventos e chuva que marcaram o Dia D.

No seu discurso, Brown disse que a Segunda Guerra Mundial não marcava o fim do sofrimento no mundo e se referiu especificamente a Mianmar, Zimbábue e à pobreza e à fome.

"Como podemos dizer que conquistamos tudo que pretendíamos? A promessa de paz e justiça?", afirmou Brown, que luta por sua sobrevivência política em casa. "Há sonhos de libertação ainda a serem realizados, compromissos ainda a serem honrados."

Em um ato falho que gerou risos, Brown se referiu à "praia de Obama", não à "praia de Omaha". Depois, corrigiu-se. Ruas da Normandia enfeitadas com bandeiras

Moradores da Normandia decoraram ruas com banbeiras francesas e americanas para receber a visita de Obama. Pouco antes de reunir-se com Sarkozy, Obama comentou as ações da Coreia do Norte, que, na semana passada realizou um teste nuclear, dizendo que não levará vantagem com a provocação.

Por sua vez, Sarkozy, que previra uma reunião com Obama para abordar a disputa nuclear com o Irã, declarou que a república islâmica deve aproveitar a mão estendida dos Estados Unidos para iniciar uma aproximação e acabar com a desconfiança.

Sarkozy se encontrou com o ministro iraniano das Relações Exteriores, Manouchehr Mottaki, durante uma reunião em Paris esta semana.

De acordo com funcionários franceses, Mottaki informou que o Irã elabora uma contraproposta a um pacote de incentivos, oferecido por França, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Rússia e China, para que a república islâmica supenda o enriquecimento de urânio.

Obama e Sarkozy participaram do aniversário do Dia D, próximo a um dos pontos de desembarque, em Omaha Beach, onde mlhares de cruzes de pedra branca demarcam as sepulturas dos soldados mortos.

Fonte: O Globo.com