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A Coreia do Norte avisou hoje que está na disposição de usar as suas armas nucleares de forma “impiedosa” se for alvo de provocações. Esta terá sido a primeira vez que o regime de Pyongyang se refere ao seu arsenal atómico como sendo de natureza ofensiva, e não para se defender das ameaças alegadamente impostas pelos EUA.
A nossa força dissuasora nuclear será um meio defensivo forte... e um meio defensivo impiedoso para responder com um ataque aos que atingirem ainda que só um bocadinho a dignidade do país ou a sua soberania”, lê-se no jornal Minju Joson, que publica um comentário da agência oficial KCNA.
Alguns especialistas acreditam que a Coreia do Norte tem material físsil suficiente para construir oito bombas, mas ainda não está demonstrado que tenha já desenvolvido alguma com sucesso.
Seul impôs hoje as suas primeiras sanções financeiras a empresas norte-coreanas, noticiou o New York Times. E uma empresa de casacos de pele foi a primeira a deixar o complexo industrial de Kaesong, na Coreia do Norte, que tem sido um exemplo da possível cooperação económica entre os dois lados da península.
O diferendo nuclear entre Pyongyang – que em Maio testou um engenho nuclear – e Washington poderá estar na origem da condenação de duas jornalistas norte-americanas a doze anos de trabalhos forçados. Os observadores consideram provável que a Coreia do Norte esteja a usar Laura Ling e Euna Lee para aumentar o seu poder negocial.
A sentença foi anunciada na segunda-feira, e hoje as suas famílias reuniram-se para pedir clemência ao regime de Kim Jong-il. “Pedimos ao Governo da Coreia do Norte que mostre compaixão e dê a Laura e Euna clemência e permita que regressem para as suas famílias”, afirmaram.
As jornalistas da Current TV – uma empresa de que o antigo vice-Presidente Al Gore foi fundador – foram detidas em Março perto da fronteira entre a China e a Coreia do Norte. Estariam de barco, no rio que separa os dois países, tentando captar imagens do lado norte-coreano. Pyongyang acusa-as de “crimes graves” e de terem entrado ilegalmente em território norte-coreano. Ninguém sabe para que prisão foram levadas.
A Casa Branca ainda não decidiu se manda um enviado especial para tentar libertar as duas jornalistas, sendo Al Gore e o governador do Novo México, Bill Richardson, os nomes mais ouvidos para a missão. Richardson já visitou o país algumas vezes e esteve envolvido nas negociações para a libertação de dois norte-americanos na década de 1990.
Outra questão que também poderá estar ligada ao teste nuclear é a da sucessão de Kim Jong-il. Na semana passada, foi noticiado que seria o seu filho mais novo, Kim Jong-un a suceder-lhe. Hoje, o filho mais velho, Kim Jong-nam, confirmou a escolha. “Bem, ouvi as notícias. Acho que é verdade”, afirmou Kim Jong-nam à cadeia japonesa TV Asahi, a partir de Macau. “O meu pai gosta muito do meu irmão como seu filho. Espero que ele dê o seu melhor pelo povo norte-coreano, pela sua felicidade e uma vida melhor”. Durante algum tempo era Jong-nam quem estava na lista dos mais prováveis herdeiros. "Pessoalmente, não estou interessado no assunto. Lamento, a política não me interessa", declarou.
As especulações sobre a sucessão na única dinastia comunista do mundo aumentaram em Agosto, quando o “Querido Líder” sofreu um acidente vascular cerebral. Ontem, lançou-se mais uma acha para a fogueira quando os media norte-coreanos noticiaram que a sua irmã, Kim Kyong-hui, apareceu em público pela primeira vez em seis anos, para ir à ópera.
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Público.ptEtiquetas: ameaça, animation gif, Cartoon, Coreia do Norte, Kim Jong-nam, Kim Jong-un, mísseis, missiles, North Korea, nuclear threat, Pyongyang, Seul