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Barack Obama foi ao Iraque depois de passar pelo Afeganistão
O candidato democrata às eleições presidenciais norte-americanas chegou esta segunda-feira ao Iraque, país do qual, já anunciou, caso seja eleito, querer retirar o contingente de tropas americanas nos próximos dois anos.
A visita segue-se a uma estada no Afeganistão que o candidato considera como a frente central da “guerra contra o terrorismo” e para o qual preconiza o envio imediato de um contingente de reforço.
A visita realiza-se numa altura em que o nível de violência no Iraque se encontra no seu ponto mais baixo desde o início do ano de 2003, ano que marcou o início da intervenção norte-americana e que contou na altura com a oposição do senador.
Barack Obama encontra-se à frente de todos os estudos de opinião e de sondagens realizadas nos Estados Unidos para as eleições presidenciais de Novembro mas a sua credibilidade no domínio internacional está a ser posta em causa pelo candidato republicano, John McCain.
Chegou esta manhã
“O senador Barack Obama chegou esta manhã ao Iraque no quadro de uma delegação parlamentar com os senadores Chuck Hagel et Jack Reed"”, declarou à AFP o porta-voz da Embaixada dos Estados Unidos, Armand Cucciniello.
Obama tem encontros previstos com os responsáveis iraquianos, nomeadamente com o Primeiro-Ministro Nouri al-Maliki, e com os chefes militares norte-americanos, com destaque para o general David Petraeus, considerado o responsável pela campanha militar e contra-insurreccional que trouxe a calma ao Iraque.
Obama já tinha estado no Iraque numa breve e fugaz visita em Janeiro de 2006.
A promessa da retirada
“Logo que for eleito Presidente darei aos militares uma nova missão: pôr fim à guerra” anunciou na semana passada Barack Obama num editorial publicado no jornal “New York Times” e num discurso proferido em Washington.
“Podemos, sem perigo, retirar unidades de combate a um ritmo que permitirá completar a retirada em 16 meses. Ficará concluída no verão de 2010, daqui a dois anos”, disse Barack Obama.
146.000 soldados norte-americanos estão estacionados em território iraquiano e mais de 4.100 já foram mortos desde Março de 2003.
George W. Bush e Maliki chegaram, recentemente a acordo quanto a um calendário de retirada das tropas norte-americanas do Iraque mas não fixaram nenhuma data.
Combater o terrorismo no seu covil: Afeganistão
Em Kabul, no Afeganistão, Barack Obama criticou no domingo o insucesso do Governo Afegão e das tropas internacionais em conseguir evitar o regresso dos Talibans, que foram destituídos em finais de 2001 pela ofensiva das tropas norte-americanas.
“Temos de compreender que a situação no Afeganistão é precária”, declarou o candidato democrata à CBS que acrescentou, “acredito que é importante para nós começarmos a pensar no envio de tropas neste momento”.
Nos últimos dois anos, a violência redobrou no Afeganistão apesar da presença no território de mais de 70.000 militares de duas forças multinacionais, uma da NATO e outra sob comando norte-americano.
Caso seja eleito Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama prometeu enviar um reforço de 10.000 militares para combater os extremistas que deram asilo a Osama Bin Laden e à Al-Qaeda, tidos como responsáveis pelos atentados do 11 de Setembro em Nova Iorque e Washington.
O seu rival, John McCain, critica Obama por “ter anunciado a sua estratégia para o Afeganistão e para o Iraque mesmo antes de enviar uma missão que recolhesse de elementos no terreno”.
Fonte da notícia:
RTP Etiquetas: Barack Obama, Iraque, Visita