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Com a graça de Deus, e numa contenda sem adversários. O presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, assumiu, este domingo, um novo mandato de cinco anos, depois de ter sido declarado vencedor das eleições por muitos tidas como uma farsa.
"Eu, Robert Mugabe, juro que servirei como presidente, com a graça de Deus", disse o governante aclamado numa cerimónia na sua residência oficial, em Harare, à partida para um novo mandato, o sexto, que prolongará os 28 anos de Mugabe como líder da ex-colónia britânica.
A Comissão Eleitoral do Zimbabwe revelou, ontem, os resultados oficiais das eleições, atribuíndo a Mugabe 85,51% dos votos expressos, segundo organizações não-governamentais e a imprensa internacional, num clima de terror e de repressão dos partidários do presidente e da Polícia. Segundo os números oficiais, Mugabe terá obtido 2150269 votos, contra 233 mil conseguidos por Morgan Tsvangirai, líder da oposição, embora este se tenha retirado da segunda volta presidencial face à violência e à intimidação com que os seguidores eram distinguidos. O próprio Tsvangirai, com receios pela sua vida, refugiou-se na embaixada da Holanda em Harare.
Na primeira volta das presidenciais, realizadas no passado dia 29 de Março, Morgan Tsvangirai obteve 47,9% dos votos e Robert Mugabe 43,2%.
Enquanto os observadores africanos criticam a votação, que não consideram libre, nem justa, multiplicam-se os apelos internacionais para o reforço das sanções a aplicar ao Zimbabwe, e para o envio de uma força de paz das Nações Unidas.
O presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush, anunciou que reforçará as sanções bilaterais e exigiu passos decididos à ONU, como um embargo de armas. Falou de "eleições falsificadas" e de uma "flagrante violação da vontade do povo".
A chanceler alemã, Angela Merkel, uniu-se às críticas e defendeu uma posição sancionatória por parte da União Europeia. "Há que pôr fim ao sofrimento da população", disse a chanceler.
A oposição zimbabuena acusa o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, mediador do conflito, de pressionar os líderes africanos para que reconheçam legitimidade à "reeleição" de Mugabe.
"Recebi informações de que o presidente Mbeki está a pressionar a União Africana (UA) para que tome uma decisão" favorável a Mugabe, declarou o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, numa entrevista publicada ontem pelo jornal sul-africano "Sunday Times".
"Promover Mugabe nestas circunstâncias vai contra a opinião maioritária da comunidade internacional, ignora o sentimento dos zimbabuenses e fragiliza, uma vez mais, a sua credibilidade como mediador" na crise no Zimbabwe, acrescenta Tsvangirai.
O chefe de Estado sul-africano encontrou-se anteontem com os seus homólogos do continente reunidos no Egipto para uma cimeira da UA que tem início hoje.
Fonte da notícia:
Jornal de Notícias Nota Pessoal:
Robert Mugabe ganhou mais uma vez as presidenciais graças a umas eleições ilegítimas e ilegais realizadas naquele país sul-africano. Como podem ver, não houve qualquer intervenção militar por parte dos EUA. O Zimbabué é um país pobre sem recursos invejáveis como o petróleo do Iraque. Caso tivesse grandes recursos seria diferente, haveria interesses norte-americanos a defender...
Etiquetas: Africa, humor político, presidente, Robert Mugabe, Zimbabué, Zimbabwe