Para ver a animação clique neste cartoon e aguarde uns segundos. To view the animation click on this cartoon and wait a few seconds.
Açores, arte, galerias, Azores, nos Açores, arte, pintura, desenho, fotos, arte
Quadros de Graça Morais, Júlio Resende, Palolo Menez, Jorge Martins, Nadir Afonso e outros grandes nomes da pintura moderna e contemporânea portuguesa vão à praça quarta-feira, no terceiro leilão do género realizado em Lisboa em menos de um mês.
"A arte tornou-se a grande alternativa aos investimentos tradicionais. A médio e longo prazo, é um investimento certo e seguro", afirmou Clara Ferreira Marques, proprietária da Leiria & Nascimento, que organiza o leilão de quarta-feira.
Trata-se da mais antiga leiloeira do país, fundada em 1882, e o leilão do próximo dia 26, com 78 peças, é o segundo de pintura moderna e contemporânea que realiza este ano.
arte nos Açores, pintura, arte, desenho, artístico, pintar, Açores, Azores
Novos públicos
arte, pintura, desenho, nos Açores, galerias, fotos
"Há novos compradores, que começam como investidores e depois tornam-se coleccionadores. A arte também está a democratizar-se e quem vai aos leiloes já não só pessoas de uma certa idade", disse Clara Ferreira Marques. Questionada sobre o número dos "novos compradores", a responsável indicou que são "várias centenas" e "muito mais jovens que os coleccionadores convencionais".
“Temos afluência de gente muito nova que está a comprar arte portuguesa. Pessoas muito novas a comprar quadros muito caros”, afirmou Maria Lacerda, também da Leiria & Nascimento. Ao contrário do que acontece com os investimentos tradiconais, as obras de arte “estão sempre a valorizar”, disse.
Sara Andrade, directora do departamento de Arte Moderna e Contemporânea da leiloeira Palácio do Correio Velho, tem a mesma opinião: "O mercado está a crescer imenso".
arte, açores, Azores, Açores, Pintua, Desenho, Arte, nos Açores
A Arte está a mexer com a economia
arte, Azores, Açores, pintura, galerias, fotos, pintura, quadros
Num leilão realizado dia 12 de Março, a Palácio do Correio Velho facturou mais de um milhão de euros. Uma obra de Paula Rego de 1964 (um quadro sem título, nunca exposto em público) foi arrematado por 250 mil euros e um Júlio Pomar, "Entre Deux", rendeu 108 mil euros.
Aquele valor ficou, contudo, aquém dos 280 mil euros pagos duas semanas antes por um outro quadro de Paula Rego, "The Egyptian Cats", e que constitui um recorde da artista em leilões portugueses. "Estamos a viver um momento em que o mercado de arte é cada vez mais valorizado e especulativo", comentou na altura o director do museu de Serralves, João Fernandes.
"Há um desgaste das pessoas em relação aos investimentos tradicionais. Uma obra de arte é um bem real que as pessoas levam para casa", disse Pedro Mesquita da Cunha, da gerência da Sala Branca.
No mesmo leilão foram também arrematados por valores significativos os quadros "Teresa", de Júlio Pomar (180 mil euros), e "As Nuvens", de Palolo Menez (120 mil euros). "As obras boas, e também as mais caras, subiram todas", comentou Mesquita da Cunha.
No leilão de quarta-feira, o quadro mais caro - com uma base de licitação de 60.000 euros - é uma tela de Menez, de 1982. Entre as peças que vão leiloadas figuram ainda obras de Álvaro Lapa, João Hogan, usa umas cores completamente diferentes do habitual, Nikias Skapinakis, René Bertolo, Mário Cesariny, Sónia Delaunay, José de Guimarães e Ilda David.
Etiquetas: arte, investimento, leilões, pintura