O Egipto começou, esta sexta-feira, a fechar a fronteira com a Faixa de Gaza, usando arame farpado e jactos de água para impedir que os palestinianos continuassem a passar para o lado egípcio. Só nos últimos três dias, 700 mil palestinianos atravessaram a fronteira, em busca de alimentos, combustíveis e outros bens de primeira necessidade no Egipto. Uma medida desesperada, motivada pelo bloqueio israelita, que já dura desde o dia 18 de Janeiro.
A atitude inicial do Governo egípcio foi de tolerância e não impediu a entrada dos palestinianos. Mas, pressionado por Israel e pelos Estados Unidos, acabou por ceder e ordenou que as forças de segurança bloqueassem a fronteira.
Os palestinianos de Gaza não reagiram da melhor maneira ao encerramento das fronteiras e agrediram as forças de segurança egípcias à pedrada. O grupo radical islâmico Hamas, que controla Gaza desde Junho, começou a colocar forças junto à fronteira.
Fonte da notícia: TVI Televisão Independente
Nota pessoal:
Não é por acaso que chamo de "gado humano" aos palestinianos da Faixa de Gaza. É exactamente isso que eles são para os israelitas, são lamentavelmente como que um mero estorvo nem que de animais se tratasse no sentido literal da palavra. Estes, privados pelos israelitas de suas necessidades básicas (alimentos, energia etc.) foram obrigados a procurar esses mesmos recursos tão preciosos junto da comunidade egípcia. Em minha opinião fizeram exactamente aquilo que qualquer outro povo faria naquela situação.
Os israelitas são, por conseguinte, a nação forte do Médio Oriente, tudo graças aos muitos milhões de dólares vindos anualmente do governo norte-americano. As políticas e acordos de paz que frequentemente são assinados de nada servem porque o grande objectivo final do povo israelita é conquistar territórios alheios que, aliás, servem para a sua própria expansão territorial.
Hoje já é sabido que a principal táctica usada tanto pelas forças israelitas como pelas dos EUA é a de simultaneamente, em campo de batalha, desempenharem o mesmo papel de bons e de maus, ou seja, por um lado aparecem como os grandes humanistas, os salvadores dispostos a fazer o bem e, por outro lado, utilizam as suas forças secretas para provocar o mal em seu próprio território, atribuindo-lhe depois a culpa aos povos vizinhos da Faixa de Gaza do lado da fronteira. Estes servem de bodes expiatórios e, porque não possuem de nenhuns recursos, nada podem fazer para alterar esta situação.
Coitados dos pobres inocentes (homens, mulheres e crianças) que, sem culpa de nada, vão derramando o seu sangue no dia a dia enquanto o resto do mundo que se diz civilizado e democrata (e para que não lhe pese na consciência) tenta a todo o custo esquecer ou ignorar tudo isso e nada fazem para alterar esta triste sorte dos povos palestinianos.
É de bradar aos céus tudo aquilo que diariamente vai acontecendo por esse mundo fora.
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