Estudo revela importância crescente da Internet e dos telemóveis em Portugal
Se algum dos meios de comunicação com que contactam diariamente desaparecesse, a maioria dos portugueses inquiridos num estudo de mercado sentiria mais falta da Internet e dos telemóveis do que da televisão, rádio ou jornais.
De acordo com o estudo A Day in the Life (um dia na vida), elaborado pela agência de meios Nova Expressão para a Columbus Media International e efectuado pela Netsonda, 98,1 por cento dos portugueses inquiridos sentiria falta da Internet (95,6 por cento sentiriam falta do telemóvel, 92,4 por cento da TV, 90,6 por cento da rádio e 86,8 por cento dos jornais). Os meios de comunicação menos importantes para o painel de 681 portugueses, todos utilizadores de Internet, são as consolas de jogos e os outdoors.
Confrontados com várias opções para descrever o confronto com o desaparecimento de meios de comunicação, que incluem também o cinema, as revistas e os leitores mp3, mais de metade dos inquiridos (53,6 por cento) não conseguiria mesmo imaginar a sua vida hoje sem a Internet. Só os telemóveis igualam a reacção mais extrema da gama de questões (que vai desde o “não conseguiria imaginar a minha vida sem” até ao “não me faria diferença nenhuma”), com 43,6 por cento dos inquiridos a assumir que não imagina viver sem telefone móvel.
O objectivo do estudo é saber mais sobre os hábitos de consumo de média dos portugueses, integrado num estudo mais alargado sobre o mesmo tema, que abrange os EUA, o Canadá, Reino Unido, Alemanha e Polónia e os Emirados Árabes Unidos. Os norte-americanos são, de longe, os que mais falta sentiriam dos meios de comunicação se fossem privados deles.
Nas conclusões gerais do estudo internacional da Columbus, Portugal destaca-se por ser o país cujos espectadores mais se queixam da violência excessiva na televisão (uma preocupação partilhada por 69 por cento dos inquiridos portugueses). De todo o painel, o Reino Unido é o país onde essa preocupação é menos significativa.
Os países que mais consomem televisão são Reino Unido e o EUA. Os seus espectadores passam em média, e respectivamente, 3,7 e 4,3 horas por dia frente ao televisor. Em Portugal, 71 por cento dos espectadores dizem que prestam tanta atenção à publicidade televisiva que passa nos canais temáticos do cabo quanto à dos canais generalistas. Mas 56 por cento dos portugueses ouvidos pela Netsonda admitem que tentam evitar ver anúncios na televisão, ao mesmo tempo que 57 por cento deles dizem prestar atenção à publicidade nos jornais.
Os principais destinos dos inquiridos portugueses que procuram entretenimento são a televisão e a Internet (76 e 58 por cento, respectivamente) e estes dois meios também lideram quando a busca é em torno de notícias (79 por cento TV e 56 por cento Internet). Os jornais servem como fonte de notícias para 55 por cento dos ouvidos.
A omnipresença da Internet na vida dos consumidores de média portugueses mantém-se de forma equilibrada durante toda a semana: 4h36 durante a semana, 4h04 ao fim-de-semana. A Internet serve sobretudo para usar o e-mail (98,2 por cento) e ler notícias (85,2 por cento).
Quanto à televisão, os inquiridos dedicam-lhe 2h43 diárias nos dias úteis e 3h46 diárias ao fim-de-semana. E passam 59m a ler jornais durante os dias úteis, dedicando ainda 48m às revistas, gastando 1h16 a ler jornais nos dias de fim-de-semana e 1h03 para as revistas ao sábado e domingo. Estes valores estão no mesmo nível dos despendidos pelos americanos, canadianos e britânicos na leitura de jornais diários. Quanto à Internet, os norte-americanos são os que mais horas passam na rede, gastando entre 5,3 horas e 6 horas diárias frente ao computador.
Fonte da notícia: PÚBLICO.PT
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