NATO Summit with a warning from Barack Obama
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"Se houver outro ataque da Al-Qaeda, é tão provável, senão mais ainda, que ele se dê aqui na Europa", disse Barack Obama, que foi ontem o protagonista das horas que antecederam o início da cimeira extraordinária da Aliança Atlântica em Estrasburgo, (França), Kehl e Baden-Baden (Alemanha). A luta contra o terrorismo "é uma missão internacional", continuou, implicando que a Europa tem de estar ao lado dos EUA no Afeganistão, marcando assim a agenda para a reunião de hoje.
Obama foi o primeiro líder a chegar ao terreno onde decorrerá a cimeira que assinala o 60º aniversário da NATO. Pediu mais esforços aos parceiros para desbloquear a missão da aliança no Afeganistão - mais militares, mais civis, mais equipamento e mais recursos. Nicolas Sarkozy, que recebeu o Presidente americano no Palácio Rohan, no centro da capital da Alsácia, reiterou o apoio francês à estratégia militar de Washington no Afeganistão, mas garantiu: "A França não enviará mais tropas."
O início dos trabalhos só começa oficialmente esta manhã, do lado francês, depois de uma marcha simbólica que os líderes farão logo de manhã através da Ponte Europa, que liga Kehl a Estrasburgo e que é a marca da paz entre os inimigos da II Guerra Mundial. Apesar disso, ontem, antes do jantar inaugural da cimeira, já dois dos grandes europeus enviavam mensagens claras a Obama recordando que a Europa não vê a missão no Afeganistão, o principal tema da agenda da cimeira, pelo prisma americano. Depois da rejeição francesa para enviar mais tropas, Angela Merkel, também ao lado de Obama em conferência de imprensa, explicou que "as missões militares têm de ser sempre acompanhadas de política e de diplomacia".
Em clara dissonância com os colegas europeus, minutos após a aterragem no aeródromo de Baden-Baden, soube-se que Gordon Brown, primeiro-ministro britânico, anunciará a disponibilidade do Reino Unido para enviar mais mil soldados para integrar a missão que a NATO lidera desde 2003, a juntar ao contingente que conta já com 8100 homens.
Apesar de a ter herdado da administração anterior, Obama justifica que "os Estados Unidos não escolheram lutar nesta guerra do Afeganistão". "Fomos atacados pela Al-Qaeda. E esses terroristas continuam ainda hoje a conspirar", rematou perante 4000 jovens que tiveram direito a uma sessão de perguntas e respostas moderada mesmo por Obama, ao estilo town-hall de campanha americana. No início do discurso, queixou-se de que "por vezes, só se fala no que a América tem de mau, esquecendo o que de bom a América faz pelo mundo". O "compromisso" que assumiu no Afeganistão, nas palavras de Obama, tem por objectivo neutralizar "os terroristas que nos ameaçam a todos".
Obama foi recebido "em ombros" pelas escassas dezenas que o puderam ver, já que tanto em Estrasburgo como em Baden-Baden, os locais de passagem do Presidente, e toda a área circundante do palácio onde os líderes se encontram hoje, estão blindados à entrada de não-residentes. A máquina da segurança envolve 25 mil polícias, tendo encerrado completamente um perímetro considerável do centro de Estrasburgo. A ter lugar a megamanifestação que prometem os organizadores anti-NATO para hoje, dificilmente chegará perto do local de reunião.
Fonte:
DN Sapo Etiquetas: al-Qaeda, animated, Barack Obama, Cimeira, Europe, gif, gif animado, logo, NATO, Nicolas Sarkozy, terrorismo