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Um estudo com metodologia inédita, em Portugal, garante a vitória do PS nas eleições legislativas de 2009. Segundo as previsões publicadas no semanário Sol, o partido de José Sócrates vai vencer com 38,35 por cento dos votos, sendo muito improvável que consiga atingir a maioria absoluta (erro padrão da previsão de 3,3 por cento).
Estas conclusões foram desenvolvidas por Pedro Magalhães e Luís Aguiar-Conraria, para o Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança. Os dois autores utilizaram um modelo econométrico de previsão para efectuarem o estudo. «As sondagens são um instrumento deficiente para fazer previsões eleitorais de médio-longo prazo», defendem.
A primeira premissa do estudo foi determinar se o partido neste momento no poder - o PS - ganharia as próximas eleições. «O PS será o partido mais votado com uma probabilidade de 99 por cento», afirmam os autores ao Sol. Para testar a validades deste resultado, procedeu-se depois a uma «contra-análise», de forma a estimar qual seria a possibilidade de o PS perder as eleições.
A conclusão foi que o PS ganharia as eleições com uma vantagem de 11,34 por cento em relação ao segundo partido mais votado (erro padrão de previsão de 4,9 por cento).
Assim, o PSD teria apenas 27,01 por cento dos votos, o pior resultado de sempre na história do partido. No entanto, este não será o resultado «real» do partido da oposição.
«Independentemente dos erros padrão, damos pouca credibilidade aos nossos resultados sobre a diferença de votação entre o PS e o PSD. O motivo é simples: nas várias experiências que realizámos, os coeficientes estimados revelaram-se muito instáveis», explicaram Luís Aguiar-Conraria e Pedro Magalhães.
Previsões de base social
Ao contrário das sondagens que se regem por estudos de opinião, o modelo econométrico baseou-se em factores como: a previsão de 1 por cento da taxa de crescimento do PIB, entre o terceiro trimestre de 2008 e o final do segundo trimestre de 2009; o facto de não existir conflito entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro; o partido no poder ser o PS e de José Sócrates se recandidatar.
No entanto, o estudo foi terminado antes de Cavaco Silva, presidente da República, ter feito a comunicação ao país sobre o Estatuto Político-Administrativo dos Açores. A possibilidade de conflitos entre Cavaco Silva e o Governo de José Sócrates é um factor decisivo nas previsões para 2009. Segundo os autores, esta é uma questão sensível para os portugueses. «O aspecto do nosso trabalho que mais desconforto nos causa é a forma crua como descrevemos as relações entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro. Sendo uma variável tão relevante, seria bom termos uma medida mais fina do grau de cooperação institucional entre Governo e Presidente», concluíram.
Fonte da notícia: IOL Diário
Etiquetas: eleições, estudo, José Sócrates, legislativas, PS, vitória