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Oito mulheres e um homem foram condenados à morte por apedrejamento no Irão, por crimes de adultério. Estes casos registados em diversas partes do país surgem numa altura em que vigora uma moratória neste tipo de execuções.
O jornal britânico Guardian relata que, segundo os advogados, maior parte dos nove condenados foi vitima de violência doméstica e carece de instrução básica, não percebendo sequer o tipo de acusação de que é alvo.
É apontado ainda que parte das sentenças foram pronunciadas após processos em tanto os condenados como os seus representantes legais foram privados de estarem presentes na audição de algumas testemunhas.
Um dos casos apresentados pelo jornal é o de Kobra Najar, uma mulher de origem curda que terá sido obrigada a prostituir-se pelo marido, que terá feito o mesmo com a filha do casal, após Kobra ter-se divorciado.
Shamame Qorbani, outra das condenadas, disse ter sido vítima de violação, mas as autoridades não investigaram as suas alegações.
«Estas mulheres provêm em grande parte de massas iletradas que não tem dinheiro ou acesso a um advogado, Muitas não entendem farsi e, claro, todos os interrogatórios são em farsi», afirmou ao jornal britânico Shadi Sadr, um advogado iraniano envolvido na luta pelos direitos humanos no país.
«Em todos os casos houve violência contra elas, ou foram forçadas a casarem-se, ou as seus pedidos de divórcio foram recusados», acrescentou.
Estes casos agora divulgados devem-se, de acordo com o advogado, à radicalização do fundamentalismo religioso no país e a um clima político repressivo.
Fonte da notícia:
IOL Diário Nota Pessoal:
Até custa a acreditar que actualmente este tipo de coisas aconteça num mundo que se diz ser humano e civilizado.
Etiquetas: adultério, apedrejamento, condenados, Irão, morte