Portuguese coach was sent home empty handed
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Portugal despediu-se hoje do Mundial 2010 depois de perder por 1-0 frente à selecção espanhola. Carlos Queiroz mostrou demasiado respeito pela actual campeã da Europa sem nunca ter arriscado, mesmo quando Portugal estava em desvantagem.
Sem glória e sem brilho Portugal está fora do Campeonato do Mundo 2010,na África do Sul. Com os objectivos mínimos alcançado (passar a fase de grupos) Portugal defrontou a selecção espanhola nos oitavos-de-final da prova.
Com Hugo Almeida no ataque e Pepe no lugar de médio mais recuado, Portugal realizou uma primeira parte aceitável, ainda que a selecção espanhola tivesse sido quase sempre a melhor equipa em campo.
Os primeiros minutos de jogo intimidaram os jogadores portugueses, com a formação do país vizinho a mostrar um futebol bem desenhado e a conseguir criar diversas situações claras para marcar.
David Villa pela esquerda foi quase sempre o homem golo da primeira parte. Logo nos primeiros 10 minutos teve dois grandes remates a que Eduardo correspondeu sempre com grandes defesas.
Aliás, o ainda guarda-redes do Sporting de Braga, foi um dos melhores elementos na selecção das quinas a par de Fábio Contrão. De Cristiano Ronaldo apenas se pode dizer que foi um desastre do primeiro ao último minuto, como em quase toda a duração da presença de Portugal neste campeonato.
A melhor e única ocasião de golo para Portugal no decorrer do primeiro tempo apareceu já perto do primeiro quarto de hora de jogo. Numa jogada de contra-ataque rápido a bola sobrou para o médio Tiago rematar à baliza espanhola.
Mas, do outro lado, não estava um guarda-redes qualquer, estava sim o guarda-redes do Real Madrid Iker Casillas, que teve tempo para reagir e afastar a bola para canto.
Até ao final da primeira parte nada de novo na selecção portuguesa. Defender era a palavra de ordem e assim terminou a primeira parte. Apesar de tudo, Portugal ainda estava empatado.
O pior estava reservado para a segunda parte. Carlos Queiroz decidiu inventar e lançou Danny para o lugar de Hugo Almeida, o único jogador que ainda conseguia dar algum trabalho à defensiva espanhola.
Como é evidente, a substituição não trouxe nada de novo à selecção das quinas, antes pelo contrário, tirou um homem na frente que segurava a bola e esperava pelos homens das faixas para fazerem a diferença.
Pouco depois do primeiro erro de Carlos Queiroz surgiu o golo da Espanha, inevitavelmente apontado por David Villa numa jogada bem desenhada pelos homens do meio campo espanhol.
Quando se esperava uma reacção da formação lusa ao resultado negativo, verificou-se que algo estava errado nesta equipa. O golo espanhol foi apontado aos 63 minutos de jogo e, até aos 90, não houve qualquer situação de perigo criada por Portugal.
Como se a primeira invenção não bastasse, Queiroz decidiu então avançar para o banco e chamar Liedson e Pedro Mendes para o jogo, tirando Simão Sabrosa e Pepe.
Mais uma vez, Carlos Queiroz não é homem que goste de arriscar e perder por um não deve ter parecido assim tão mal ao treinador da selecção nacional portuguesa.
É evidente que a selecção espanhola tem um meio campo bem mais forte que o português, mas o que também ficou evidente neste jogo é que Carlos Queiroz teve demasiado respeito por uma selecção que Portugal até poderia ter vencido se tivesse encarado o jogo de outra forma.
Portugal e Queiroz estão fora deste Mundial com o objectivo mínimo alcançado, deixando os portugueses com um amargo na boca sabendo que Queiroz tem verdadeiros problemas em lidar com a ambição.
De registar ficam as exibições de Fábio Coentrão, Eduardo e Hugo Almeida na selecção portuguesa, enquanto Villa, Xavi e Iniesta marcaram o ritmo da formação espanhola.
Fonte: SOL
Etiquetas: FIFA, futebol, selecção portuguesa, seleccionador