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A crise do gás entre a Rússia e a Ucrânia está para durar, mesmo considerando os muitos esforços, sobretudo da União Europeia, que estão a ser feitos para a resolver. Quem o diz é o próprio primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.
"Apesar dos esforços realizados, a crise está a agravar-se", afirmou ontem Putin depois de uma reunião, em Moscovo, com o seu homólogo checo, Mirek Topolanek, presidente em exercício da União Europeia. Topolanek garante que os esforços para resolver a crise vão continuar, e disse ter transmitido aos dirigentes ucranianos que "ficaria na região até que o gás voltasse a circular sem problemas".
O primeiro-ministro checo revelou também a existência de um "acordo verbal" com a Ucrânia para que observadores russos e europeus possam entrar no país e verificar o envio de gás.
"Temos um acordo verbal sobre o posicionamento da comissão de acompanhamento nas estações de entrada e saída do gás, tanto em território ucraniano como em solo russo", disse Mirek Topolanek.
Para retomar o fornecimento aos países europeus através da Ucrânia, totalmente suspensos desde quarta-feira, Moscovo exige a assinatura de um protocolo sobre o sistema de controlo e a presença de observadores russos e europeus nos pontos de entrada e saída de gás, assim como nos depósitos existentes em território ucraniano.
As autoridades russas reafirmam que foram obrigadas a suspender o fornecimento de gás para os consumidores europeus via Ucrânia devido ao crescente roubo do produto no país vizinho.
A Ucrânia está contra as "condições inaceitáveis" exigidas pela Rússia em relação ao controlo da passagem do gás através do seu território, afirma por sua vez o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Konstantin Elissev.
"Trata-se de uma tentativa de estabelecer o controlo sobre o sistema de transporte de gás ucraniano com o objectivo da sua expropriação pela parte russa", acrescentou Elissev.
Kiev defende que peritos da UE, Gazprom e Naftogaz da Ucrânia devem controlar não só sistema de transporte de gás ucraniano, mas também o russo, e em igual medida.
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Jornal de NotíciasEtiquetas: energia, gás, Moscovo, Ucrânia, Vladimir Putin