Vingança e prazer motivam incêndios

Fogos florestais

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O número de incendiários detidos desde Janeiro já triplicou em relação a todo o ano passado, durante o qual foram apanhados 11 suspeitos. Só ontem, a PJ anunciou a detenção de seis pessoas indiciadas por fogo posto em florestas, o que eleva o total para 35, apenas menos duas do que em 2007. As principais motivações dos suspeitos são a vingança ou o prazer de ver arder.

Entre os últimos seis detidos, conta-se dois da Região Centro. Um tem 19 anos, é serralheiro, e é apontado como co-autor de mais de uma dezena de fogos florestais, entre Março e Julho, nas regiões de Alcobaça e Porto de Mós. O outro, um servente de pedreiro, de 39 anos, terá ateado dois incêndios em Penacova por sentir 'atracção pelo fogo'.

Os outros quatro foram detidos no Norte do País. O caso mais paradigmático é o que envolve um ex--vigilante florestal. Entre 29 de Agosto e 1 de Setembro ateou quatro fogos em Ribeira de Pena, que consumiram vários hectares de mato e puseram casas em risco. O motivo: vingar-se dos vizinhos que se tinham queixado do seu mau comportamento e que tinham levado ao seu afastamento na limpeza e segurança das matas.

Entretanto, em Gondomar, a PJ deteve também um homem como presumível autor de vários focos de incêndio florestal ateados nessa madrugada, enquanto em Paredes foram detidos dois jovens, de 17 e 18 anos, que fizeram pelo menos três incêndios na zona.

Fonte: Correio da Manhã