Durao Barroso's re-election depends on socialist and liberal support
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Hoje, quarta-feira, é o último dia de audições com os partidos políticos. Talvez o mais difícil para Durão Barroso na caminhada para a presidência da Comissão Europeia. A sua releição depende da intenção de voto dos socialistas e dos liberais.
Durão Barroso começou anteontem o exame oral com os partidos sobre o programa que propõe para os próximos cinco anos. O primeiro encontro com os Conservadores e Reformistas - um grupo eurocéptico maioritariamente britânico e checo, formado depois das eleições europeias de Junho - "correu muito bem" de acordo com ambas as partes. No fim do encontro, o líder do grupo disse que, do seu ponto de vista "pessoal", Durão Barroso poderia ser reeleito para um segundo mandato à frente da Comissão.
Mais confortável foi, ontem, o encontro com o Partido Popular Europeu, a família política de Barrosom EUque não deixou de lembrar no fim do encontro que era "importante ter o apoio" de outros grupos políticos pró-europeus.
Já as mais de duas horas de reunião com a Esquerda Unitária, onde se incluem o PCP e o BE, não chegaram para convencer os deputados. Apesar de algumas palavras de simpatia que Barroso admite ter ouvido, "a maioria do grupo não vai votar" por ele, disse.
Hoje, Barroso desdobra-se entre os Socialistas, os Liberais e os Verdes. Se não há dúvidas quanto à maioria dos votos dos Verdes, o mesmo não se pode dizer dos outros grupos. Fontes parlamentares crêem que seja possível Durão recolher o apoio dos Liberais apesar do presidente do grupo - e rival derrotado de Barroso em 2004 na mesma corrida - não ter dado qualquer sinal nesse sentido.
Os Socialistas estarão mais divididos apesar de o programa do candidato português ter aberto uma janela às exigências sociais.
No longo percurso até à presidência da CE, Barroso teve de digerir esta semana a notícia de que o primeiro-ministro francês, François Fillon, estaria disposto a ocupar a sua posição caso ele "fracasse" perante o Parlamento Europeu.
O gabinete do primeiro-ministro francês emitiu um comunicado onde lembra que a 31 de Agosto, em Berlim, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, tinha demonstrado apoio "sem reservas" à recondução de Durão Barroso na presidência da CE, dizendo que ele próprio também o fazia. O comunicado era omisso quanto à notícia avançada pelo diário francês "Le Monde" cuja fonte teria sido um dos ministros do elenco governamental francês.
O nome de François Fillon há algum tempo que é mencionado como uma possível alternativa ao candidato português, mas nunca antes tinha havido comentários na primeira pessoa. A dúvida recai agora sobre se o nome do francês, ligado a Nicolas Sarkozy, pode satisfazer os deputados pouco simpatizantes de Barroso, ou se, porque está próximo do presidente francês, colhe menos votos.
Fonte: JN
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