O Presidente da República frisou que o tema da coesão social, assunto forte da Cimeira Ibero-Americana, lhe é «muito caro». Cavaco Silva recordou que o tema é não só importante para a América Latina, mas também para países europeus como Portugal.
( 09:24 / 09 de Novembro 07 )
O Presidente da República destacou a importância do tema da coesão social, assunto que estará em destaque durante XVII Cimeira Ibero-Americana, que começa esta sexta-feira no Chile.Em Santiago do Chile, Cavaco Silva recordou que o tema lhe é «muito, muito caro» e lembrou o Roteiro para a Inclusão que recentemente levou a efeito no seu mandato presidencial.Para o Chefe de Estado português, o tema «é de uma importância muito grande para a América Latina pelas desigualdades que apresenta, mas também é importante para a Europa, particularmente para países como Portugal».«É preciso aproveitar as oportunidades da globalização, mas é preciso complementar com políticas sociais. Se isso não for feito, a globalização conduz ao agravamento das desigualdades e à pobreza», acrescentou.Cavaco considerou ainda que a coesão deve assentar sobretudo em políticas sociais que «preparem os cidadãos para os desafios do futuro», como a educação ou o conhecimento.O Chefe de Estado português chegou ao Clube Hípico, um recinto histórico da capital chilena onde se vai realizar esta cimeira, acompanhado do presidente brasileiro, Lula da Silva.A presidente chilena deu as boas-vindas aos visitantes, afirmando que o tema da cimeira «expressa a vontade de que se torne o sonho de muitos» o alcançar de «sociedades mais equitativas e livres».Michelle Bachelet acrescentou ainda que deseja que um dia «a exclusão social seja apenas uma má recordação» numa América Latina, onde se calcula que existam 205 milhões de pobres, 79 milhões dos quais em pobreza extrema.A chefe de Estado chilena reuniu-se, entretanto, com a recém-eleita presidente da Argentina, Cristina Fernandez, que acompanha nesta cimeira o seu marido e presidente cessante argentino, Nestor Kirchener.A coesão social e o combate à violência serão os temas centrais da Declaração de Santiago e de um Plano de Acção, que será aprovado pelos chefes de Estado e de Governo nesta cimeira que se prolonga até sábado.Esta cimeira não irá contar com a presença do presidente cubano, Fidel Castro, ainda a recuperar da operação que fez há alguns meses, devendo o presidente venezuelano, Hugo Chavez, marcar presença nesta reunião, mas apenas mais tarde.
Fonte da notícia: TSF Online
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