Hamid Karzai is back on his throne
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Karzai está determinado a que, dentro de cinco anos, sejam as forças afegãs a garantir a estabilidade do país. Enquanto tomava posse como presidente, dois ataques bombistas mataram dez civis e dois soldados americanos.
Reconduzido a um segundo mandato, depois de um controverso processo eleitoral, Hamid Karzai expressou o desejo de que as forças afegãs sejam capazes de assumir, a médio prazo, a segurança do país, actualmente assegurada por um forte contingente militar de quatro dezenas de país.
"Esperamos que as forças afegãs possam assumir a responsabilidade pela segurança dentro de cinco anos", afirmou Karzai, que estendeu a mão ao seu principal adversário nas eleições presidenciais, Abdullah Abdullah, ao convidá-lo para integrar um "governo de unidade social".
No discurso da cerimónia de tomada de posse, que decorreu em Cabul, o presidente garantiu ter aprendido com os seus erros, prometendo que porá à "cultura de impunidade" no Afeganistão. As palavras do chefe do Estado eram muito aguardadas pela comunidade internacional, que há várias semanas multiplica pressões para que Karzai erradique a corrupção e restaure uma legitimidade debilitada por uma reeleição ensombrada por fraudes.
"Devemos aprender com os nossos erros e os nossos desaires ao longo dos últimos oito anos", declarou Karzai perante 800 convidados, entre os quais 300 estrangeiros, incluindo a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari.
"A cultura da impunidade tem de acabar" no Afeganistão, sublinhou.
O dia da tomada de posse ficou marcado também por dois ataques. Num deles, um bombista suicida fez explodir um comboio do Exército afegão, na província de Oruzgan. Pelo menos, dez civis morreram e 13 ficaram feridos.
O ataque aconteceu poucas horas depois de um primeiro atentado que matou dois soldados americanos das forças internacionais na província de Zabul, Sul do país. O ataque ocorreu no momento em que se iniciava, em Cabul, a cerimónia de tomada de posse de Hamid Karzai.
Desde o início do ano, morreram, no Afeganistão. 475 soldados estrangeiros, incluindo 292 norte-americanos. O Afeganistão enfrenta uma insurreição dos taliban, apesar da presença de mais de cem mil soldados estrangeiros, dos quais 68 mil são norte-americanos.
O ano de 2009 é já o que maior número de mortos registou desde a queda do regime taliban, em 2001, em vítimas civis e militares, das forças de segurança afegãs e internacionais.
Fonte: JNEtiquetas: Afeganistão, eleito, Hillary Clinton, presidência