FOR MARIO SOARES IT WILL BE DIFFICULT TO GET OUT OF THE ECONOMIC CRISIS IN PORTUGAL WITHOUT THE SOCIALIST PARTY
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Acaba a campanha para as europeias, começa a campanha para as legislativas. Foi assim o comício do PS em Lisboa, o maior desta primeira fase da jornada eleitoral de 2009 e onde, de Mário Soares a José Sócrates, ninguém escondeu que já (só) se pensa em Outubro. “Sem nós é muito difícil sair da crise”, afirmou o fundador do PS, para quem “o povo tem vindo a compreender isso mesmo”.
Com a parte reservada da sala principal do Centro de Congressos completamente cheia, entre o colorido ondulante das bandeiras, a música apoteótica, o coro de vozes a gritar “Soares é fixe”, Mário Soares afirmou, com a autoridade de quem já participou em todas as campanhas do PS, que “esta campanha começou por ser difícil mas tornou-se numa campanha extraordinária”. E enalteceu “a popularidade de que goza o nosso primeiro-ministro e secretário-geral”, graças “ao povo”.
Mas foi na “crise económica dificílima” que centrou a sua intervenção, crise que “tem de ser vencida primeiro com o voto nestas eleições, porque não podemos fazê-lo sem a Europa”, frisou. Não falou em legislativas – ninguém o fez -, também não era preciso. Bastou dizer, como também fizeram José Sócrates, Vital Moreira, António Costa e Inês de Medeiros, que “a oposição não tem projecto alternativo”. E sublinhar o que diz o último cartaz socialista: “O PS combate a crise, os outros combatem o PS”.
Sócrates dramatizou o tom: “Nunca Portugal precisou tanto da Europa como agora, nunca como agora o mundo precisa tanto de uma Europa forte”. Mas rapidamente passou para o país e para zurzir na oposição. Primeiro à esquerda: “O que eles querem é porventura era substituir o PS pela direita no Governo de Portugal”. Depois à direita: “Há quem queira um país parado, sentado à espera que a crise passe”.
Sócrates apostou no seu rumo: “políticas sociais, investimento público, porque o Estado tem de fazer o seu papel”. “Quem age pode vir a cometer erros, mas quem não age já cometeu um erro”, frisou. Vital Moreira, provando ser hoje “tão socialista como o mais profundo PS”, insistiu no tema: “Não existe melhor tema para marcar campos do que a luta contra a crise”. E pediu um voto de protesto, mas contra “esta oposição, negativista, oportunista e sem alternativa”.
Eufórico com o mega-comício que Lisboa lhe proporcionou, embora tenham vido autocarros desde Cabeceiras de Basto a Setúbal (pelo menos), Vital Moreira fez mais de dez minutos de agradecimentos e dez segundos para fazer a comparação com o PSD: “Alguns acham que a era dos comícios acabou, qual a raposa da fabula diante das uvas a que não consegue chegar e diz: ‘estão verdes’”.
Fonte: Público.pt

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